Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
BARBOSA, Cristiane Lucena |
Orientador(a): |
GEHLEN, Vitória Régia Fernandes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16620
|
Resumo: |
Este trabalho teve por objetivo geral analisar ações da chamada agenda verde (uma classe de atividades, as quais se referem a assuntos como preservação de florestas e biodiversidade) realizadas pelos atores públicos e privados em prol da conservação da Mata Atlântica no território do Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros – Suape, empreendimento este localizado na zona costeira sul do estado de Pernambuco. Os objetivos específicos foram: identificar ações em prol da conservação ambiental realizadas pelo ator público CIPS, averiguar quais atores privados (empresas instaladas no Complexo) que possuem ações de Responsabilidade Social para a conservação da Mata Atlântica no território do CIPS, identificar a presença/participação da sociedade ou organização do Terceiro Setor nessas ações e sugerir ações para conservação da Mata Atlântica como forma do CIPS alcançar um desenvolvimento mais sustentável. Trata-se de uma pesquisa exploratória, do tipo qualitativa que utiliza dados quantitativos para fins descritivos, e apoiada em dados primários e secundários, sendo a pesquisa documental de grande importância, uma vez que são dados recentes na história e com pouca publicidade. O CIPS foi a área de estudo selecionada por apresentar a influência dos três setores da economia, além de possuir a maior área protegida por lei de preservação de remanescente de Mata Atlântica ao Norte do Rio São Francisco protegida por lei, com aproximadamente 9 mil hectares, na contramão de ter em sua história diversos fatos relacionados à não concordância de movimentos ambientalistas da instalação do Complexo devido a necessidade de serem realizadas supressões de vegetação nativa, aterramento de áreas de mangue, entre outros. Concluiu-se que o território onde hoje está implantado o CIPS já passou por diversas formatações, desde a utilização para o cultivo de cana de açúcar, assentamentos rurais, o que afetou diretamente o ambiente natural da região. O Governo, em específico a empresa Suape, tem realizados ações em prol da conservação, mas isso ocorre ao mesmo tempo que permite diversas supressões de vegetação nativa. Das 102 empresas instaladas no Complexo, 68% delas apresentam preocupações ambientais declaradas, no entanto apenas duas delas reportaram realizar ações para a conservação da Mata Atlântica da Zona de Proteção Ecológica (ZPEc) do CIPS. A participação das organizações da sociedade civil praticamente é inexistente. Os resultados demonstraram que, apesar da grande importância e visibilidade internacional do empreendimento que é o CIPS, as ações na área ambiental não têm tido grandes avanços e são pouco estimuladas para que sejam realizadas pelas empresas instaladas no Complexo e pelas organizações da sociedade civil. Recomenda-se que seja posto em prática as recomendações do novo Plano Diretor de Suape, que se prossiga com a criação do Instituto Suape, que as empresas desenvolvam mais ações na área da ZPEc, e que a participação da sociedade seja estimulada para ajudar nas ações de conservação da Mata Atlântica. |