Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
SOUGEY, Maria da Conceição Pereira |
Orientador(a): |
SOUGEY, Everton Botelho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Administracao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16931
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Resumo: |
Este estudo sobre o impacto tardio na saúde mental nos familiares de vítimas do acidente do voo NOAR 4896 – Recife, Brasil e investiga a sintomatologia expressa na saúde mental de pessoas envolvidas em situações de traumas e luto com foco em Acidentes Aeronáuticos. Sua ideia força partiu do princípio: No impacto de um acidente aeronáutico, supõe-se que a natureza do evento traumático é suficientemente intensa para provocar danos à saúde mental em longo prazo, no caso estudado após dois anos do acidente. Foi um estudo descritivo, com amostra de conveniência utilizando quatro instrumentos, através de enquete clinica: O International Neuropsychiatric Interview (MINI), para identificar a ocorrência de sintomas psíquicos e transtornos mentais comuns. Para detectar sintomas psiquiátricos não severos, a Escala de Goldberg, denominada de Questionário de Saúde Geral (QSG). Para avaliação do processo de luto prolongado foi aplicado Prolonged Grief Disorder (PGD-13). Juntou-se a esses instrumentos a ficha de pesquisa sócio-demográfica. A amostra trabalhada foi de 24 pessoas de nove famílias atingidas por perda e luto no acidente do voo NOAR 4896. Os resultados encontrados em função do luto prolongado 11 pessoas avaliadas (45%) apresentaram critério preenchido para tal condição. Como dado de significância estatística no estudo sócio demográfico, observou-se que cinco dos pesquisados que já tinham feito tratamento psicológico ou psiquiátrico antes do acidente, quatro continuavam fazendo na época da pesquisa. E dos 19 que não tinham feito tratamento antes do acidente, destes oito passaram a fazer tratamento além de quatro que já faziam quando pesquisados. Através do teste de Mc-Nemar se verifica uma mudança significativa do comportamento em relação à ocorrência de tratamento (p < 0,05). Na avaliação da saúde mental em sintomas comuns 10 pesquisados (41%) preencheram critérios no MINI de Episódio Depressivo Maior. Nove (37,5%) apresentaram transtorno de ansiedade generalizada, cinco (20,8%) transtorno distímico e três (12,5%) transtorno de estresse pós-traumático. Nos resultados obtidos na Escala de Goldberg que avalia desconforto e distresse na vida atual, passado mais de dois anos pós-desastre, pode se inferir que, as condições relativas à qualidade de vida sofreram alterações, principalmente se relacionadas à avaliação do luto prolongado na questão P13. “Sentiu uma redução significativa em sua vida social, profissional ou em outras áreas importantes?” Dos 24 pesquisados 62,5% afirma que sim, que houve redução. Os resultados quantitativos e qualitativos obtidos evidenciaram adoecimento tardio nos familiares de vitimas no caso estudado. Esta pesquisa de acordo com seus resultados ampliou conhecimentos sobre a condição do impacto tardio em caso de perda e luto em acidente aeronáutico, e abordou sua complexidade de compreensão, além da necessidade de aprofundamento em novos estudos. A partir dos resultados propõe que é preciso rever formas de atendimentos nas situações de crises diante de um acidente e oferece reflexões para novas propostas terapêuticas diante de perdas e luto em acidentes aéreos. |