Gastrectomia vertical laparoscópica com gastro-omentopexia : avaliação de complicações precoces e melhoria na qualidade de vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SOUZA, Maíra Danielle Gomes de
Orientador(a): CAMPOS, Josemberg Marins
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39498
Resumo: A gastrectomia vertical laparoscópica (GVL) têm sido uma das técnicas de cirurgia bariátrica mais empregada no mundo, sendo eficaz e apresentando bons resultados na perda de peso. Apesar disso, não está livre de complicações, pois desconecta o estômago de ligamentos fundamentais para sua fixação, como o gastroesplênico e o gastrocólico, tornando-o mais susceptível a complicação. Dessa forma, a gastro-omentopexia tem sido discutida como uma das prováveis medidas preventivas de complicações, essa técnica promove a reconexão do estômago aos ligamentos gastroesplênico e gastrocólico. O objetivo do estudo foi demonstrar os benefícios da técnica de gastro-omentopexia em pacientes submetidos à GVL, com possível redução de complicações no pós-operatório. Estudo observacional, analítico e transversal, constituído por uma população de 179 pacientes que realizaram a técnica no período de Janeiro a Dezembro de 2018, com acompanhamento entre 6 a 12 meses do pós-operatório. Sobre os participantes da pesquisa 71,5% eram mulheres, com predomínio na faixa etária entre 30 e 40 anos (36,3%). Quanto à prevalência de complicações no pós-operatório, evidencia-se a baixa prevalência das mesmas com destaque para reinternação no pós-operatório (1,1%); reoperação (1,6%); infecção na ferida do pós-operatório (2,2%); sangramento/hemorragia (1,1%); e estenose (1,1%). As demais complicações como fístula, hérnia hiatal, rotação axial e volvo gástrico não estiveram presentes no estudo. Em relação às comorbidades ocorreu queda nas taxas de diabetes 15,6% pré-operatório vs 0,6% pós-operatório; hipertensão 36,3% pré-operatório vs 4,5% pós-operatório e pirose 51,4% pré-operatório vs 26,3% pós-operatório. Quanto ao sintoma de pirose retroesternal, um dos principais sintomas do refluxo, houve um declínio de 51,4% no pré-operatório para 26,3% no pós-operatório, este fato pode estar relacionado com a realização da técnica da gastro-omentopexia, entretanto, ocorreu aumento de sintomas como náusea/vômito, entalo, dor epigástrio/peito e sensação de plenitude. A aplicação da técnica apontou baixa prevalência de complicações, aumentando a segurança dos pacientes nos primeiros meses do pós-operatório. Houve melhora nas comorbidades como hipertensão arterial, diabetes e pirose; perda de peso; e em todas variáveis de qualidade de vida analisadas (p-valor < 0,001).