Comparação da perda do excesso de peso e complicações pós operatórias entre as técnicas de Gastro-Entero Anastomose Linear e Circular na derivação gástrica em Y-DE-ROUX por via Laparoscópica
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MED - DEPARTAMENTO DE CIRURGIA Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e à Oftalmologia UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/40657 |
Resumo: | RESUMO JUSTIFICATIVA: A derivação gástrica em Y-de-Roux laparoscópica (DGYRL) é um procedimento eficaz e bem aceito no tratamento da obesidade mórbida, mas que apresenta complicações como a estenose da gastro-entero anastomose (GEA), fístula, infecção de ferida operatória e falha do grampeamento. Alguns aspectos relacionados com a técnica operatória têm sido descritos na literatura como sendo causa dessas complicações, especialmente da estenose da anastomose gastrojejunal. Este estudo avaliou a eficiência na redução ponderal e a incidência de complicações pós-operatórias a curto e médio prazo, em pacientes submetidos a DGYRL onde a anastomose foi executada com emprego de grampeador linear (AGL) ou grampeador circular (AGC). MÉTODO: Estudo observacional prospectivo realizado entre abril de 2016 e março de 2019. Os dados foram extraídos de um banco de dados que inclui pacientes submetidos a DGRYL executada por um mesmo cirurgião e na mesma instituição. Foram coletados dados referentes a técnica de execução da gastroenteroanastomose, complicações pós-operatórias e perda do excesso de peso corporal em 30, 180 e 360 dias. RESULTADOS: Foram analisados dados de 457 pacientes, sendo 216 pacientes no grupo AGL e 241 no grupo AGC. Não houve diferença significativa entre os grupos em relação ao IMC inicial, idade, sexo e comorbidades. O tempo operatório, permanência hospitalar e a perda do excesso de peso corporal durante o período de acompanhamento de 12 meses também foram semelhantes nos dois grupos. Houve quatro casos (1,7%) de estenose na GEA no grupo AGC e somente um caso (0,5%) no grupo AGL, que foram tratados com dilatação endoscópica única bem-sucedida. Ocorreu uma falha do grampeador em ambos grupos: AGC (0,4%) e AGL (0,5%), sendo reparadas com sutura manual intraoperatória e o desenvolvimento de uma fístula (0,4%) somente no grupo AGC, tratado conservadoramente com sucesso. A infecção de ferida operatória foi encontrada em cinco pacientes no grupo AGC (2,1%) e dois pacientes no grupo AGL (0,9%). Não foi encontrado diferença estatística entre os dois grupos em nenhuma variável analisada (p>0,05). CONCLUSÕES: Ambas as técnicas de grampeamento resultaram numa perda do excesso de peso corporal semelhante durante o período de acompanhamento. Apesar do grupo AGL ter apresentando menor número de complicações totais, estas não foram estatisticamente significativas, o que corrobora o fato de que ambas as técnicas são seguras e factíveis, desde que realizadas por um cirurgião com ampla curva de aprendizado em cirurgia bariátrica laparoscópica. |