Avaliação da atividade imunomoduladora de estatinas em pacientes portadores de Esclerose Sistêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: GONÇALVES, Rafaela Silva Guimarães
Orientador(a): PITTA, Maira Galdino da Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Morfotecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30732
Resumo: A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença do tecido conjuntivo rara, multissistêmica, e sem tratamento específico. A doença é definida por três importantes pilares: comprometimento vascular, produção de auto-anticorpos e inflamação, e a fibrose. Apesar das estatinas já serem administrada com sucesso no tratamento da hipercolesterolemia e da doença cardiovascular, devido a sua ação hipolipemiante e antiaterosclerótica, têm mostrado efeitos imunomoduladores em diversos estudos em outras doenças com Artrite Reumatóide e Esclerose Múltipla. Os objetivos deste estudo foram investigar os efeitos do tratamento das estatinas sobre a produção de citocinas Th1, Th2 e Th17 em células mononucleares de sangue periférico (PBMCs) estimuladas com anti-CD3/CD28 obtidas de pacientes com ES. Foram recrutados 21 pacientes classificados de acordo com os critérios do American College of Rheumatology para ES para a análise da cultura de PBMCs. Os níveis de citocinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF, IFNγ, IL-17A e IL-17F) foram quantificados por ELISA ou CBA, e os pacientes foram avaliados quanto às variáveis clínicas e de exames. Como resultados observamos que a sinvastatina e atorvastatina na dose de 50μM promoveram redução em todos os níveis de citocinas com significância estatística, com exceção da IL-6, que teve sua redução apenas induzida pelo uso de sinvastatina. Não houve diferença entre os subgrupos clínicos ou em função do tratamento já utilizado para a doença de base. Concluimos, então, que as estatinas, em particular a sinvastatina, parecem ter efeito imunossupressor , uma vez que reduziram todos os níveis de secreção de citocinas de PBMCs de forma dependente da dose.