O papel de polimorfismos nos genes TP53, GSTT1, GSTM1 e da metilação no gene BRCA1 na Leucemia Mielóide Aguda do adulto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: BEZERRA, Matheus Filgueira
Orientador(a): BELTRÃO, Eduardo Isidoro Carneiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UFPE
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14016
Resumo: Leucemia mielóide aguda (LMA) é uma doença de caráter multifatorial e heterogênea. Alterações somáticas no código genético recorrentes na LMA são causadas principalmente por agentes químicos e físicos nocivos ao DNA, associados a falhas nos sistemas de reparo. Pesquisas realizadas na última década sugerem que metilação aberrante e polimorfismos genéticos em genes supressores tumorais e genes do metabolismo de radicais livres podem estar envolvidos na leucemogênese. O presente estudo teve como objetivo investigar a associação entre polimorfismos nos genes TP53 codon 72, GSTT1, GSTM1 e hipermetilação da região promotora do gene BRCA1 com a leucemia mielóide aguda. Duzentos e vinte e três pacientes adultos diagnosticados com LMA e 202 indivíduos adultos são (controles) foram genotipados para polimorfismos no TP53, GSTT1 e GSTM1 e 55 pacientes com AML de novo foram avaliados para metilação no BRCA1. As frequências observadas para o TP53 foram: 33,6% ARG/ARG, 44,4% ARG/PRO e 22% PRO/PRO nos pacientes e 38,3% ARG/ARG, 48,5 ARG/PRO e 12,8% PRO/PRO nos controles. O alelo PRO foi associado à susceptibilidade ao desenvolvimento de LMA no modelo genético recessivo (p=0.0198), no co-dominante (p=0.0291) e no alélico (p=0.0438). O polimorfismo do GSTT1 foi observado em 23% dos pacientes e em 27% dos controles (p=0,297). O polimorfismo do GSTM1 foi observado em 45% dos pacientes e em 43% dos controles (p=0,573) e a co-ocorrência dos dois polimorfismos foi observada em 12% dos casos e 8,5% dos controles (p=0.286). Nenhuma associação foi encontrada entre os polimorfismos nos genes GSTs e LMA. O gene BRCA1 não foi encontrado hipermetilado em nenhum dos 55 pacientes analisados. Os resultados do presente estudo apontam que o polimorfismo do TP53 parece favorecer a leucemogênese. Em contrapartida, os polimorfismos no GSTT1, GSTM1 e metilação do BRCA1 parecem não ter relevância na leucemia mielóide aguda.