Avaliação das atividades moluscicida, cercaricida e artemicida de Myracrodruon unrundeuva Allemão e Schinus terebinthifolius Raddi e suas frações acetato de etila
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25778 |
Resumo: | A esquistossomose é uma doença endêmica que afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo. Uma das principais estratégias de combate à doença é por meio do combate aos moluscos B. glabrata, hospedeiro intermediário, desta enfermidade. Este controle é realizado utilizando o moluscicida sintético, a niclosamida, substância autorizada pela OMS. No entanto, este produto tem apresentado elevado custo e baixa seletividade, provocando danos ao ecossistema aquático. Portanto, a necessidade de moluscicidas eficientes e ecologicamente aceitáveis acompanhou a tendência das pesquisas com plantas, visando extrair substâncias ativas para o desenvolvimento de produtos com capacidade de atuar como moluscicidas. Extratos naturais com atividade moluscicida têm que apresentar baixo índice de toxicidade para o ambiente, pelo fato de serem naturais e, por isso, serem biodegradáveis. M. urundeuva e S. terebinthifolius são plantas da família Anacardiaceae, conhecidas popularmente como aroeira-do-sertão e aroeira-da-praia, sendo amplamente encontradas na Caatinga. Esse trabalho tem como objetivo avaliar a atividade moluscicida do extrato bruto e fração acetato de etila das folhas de M. urundeuva e casca de S. terebinthefolius. Os extratos foram obtidos a partir extração a frio. A prospecção fitoquímica foi realizada por meio de cromatografia em camada delgada e CLAE. Em seguida foram realizados os ensaios moluscicidas com embriões e moluscos adultos de B. glabrata, expostos por 24 horas a diferentes concentrações do extrato bruto e fração acetato de etila de ambas as espécies. Também foi feito ensaio ecotoxicológico com Artemia salina e atividade cercaricida. Como resultados das análises fitoquímica foram encontrados esteroides, saponinas, flavonoides, taninos, açucares, terpenoides, fenóis, catequinas, ácido elágico e gálico. O extrato bruto (EB) e fração acetato de etila (F. AE) da folha de M. urundeuva foram tóxicos para os moluscos adultos de B. glabrata, onde as concentrações 100, 150 e 200 μg/mL do EB apresentaram 80; 93,3 e 100% de mortalidade para os moluscos adultos. A concentração 100 μg/mL da FAE apresentou 93,3% de mortalidade para os moluscos adultos. O EB da casca de S. terebinthefolius foi letal para os moluscos adultos de B. glabrata, causando 100% de mortalidade para os moluscos adultos, nas concentrações de 100, 150 e 200 μg/mL, respectivamente. A FAE também foi tóxico para os moluscos adultos de B. glabrata, nas concentrações de 50, 75 e 100 μg/mL apresentando 100% de mortalidade para os moluscos adultos. E a concentração de 25 μg/mL apresentou 60% de mortalidade. O EB e FAE de ambas as espécies, não foram tóxicos para embriões do molusco de B. glabrata. O EB da folha e casca de ambas as espécies causaram 76,6 e 32,6% de mortalidade para as cercárias de S. mansoni na concentração de 200 μg/mL, respectivamente. O EB e FAE de ambas as espécies, não foram letais para A. salina. Portanto, pode-se concluir que o EB e FAE da folha M. urundeuva e casca de S. terebinthefolius mostraram-se viáveis como moluscicidas de origem vegetal nas concentrações de 150 (EB folha), 100 μg/mL (FAE folha) e 100 (EB casca), 50 μg/mL (FAE casca). |