Estudo da atividade mioelétrica do intestino delgado de cães submetidos à oclusão parcial da veia porta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: CAMPOS, Josemberg Marins
Orientador(a): FERRAZ, Alvaro Antônio Bandeira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3073
Resumo: Introdução: A oclusão temporária da veia porta causa estase venosa esplâncnica e alteração da função do intestino delgado, podendo induzir distúrbios da motilidade. Este fato ainda não é bem esclarecido, e assim, objetiva-se avaliar as alterações da atividade mioelétrica e da histologia do intestino delgado em 6 cães, além da pressão arterial média (PAM), freqüência cardíaca (FC), pressão venosa central (PVC) e pressão portal (PP), na fase de pré-oclusão e na fase de oclusão. Métodos: Realizou-se anestesia geral, monitorização invasiva da PAM, FC e PVC, laparotomia, aferição da PP, fixação de 3 pares de eletrodos na parede intestinal, biópsias jejunais e oclusão parcial da veia porta, sendo programado aumento da PP entre 2,5 e 3 vezes em relação às medidas basais iniciais. Os eletrodos foram conectados a um sistema computadorizado para captura de sinais elétricos intestinais, usando um software de aquisição para armazenamento e análise da atividade mioelétrica após o registro, que ocorreu nos 30 minutos da fase de pré-oclusão e nos subseqüentes 60 minutos de oclusão. Assim, determinou-se a variância e a média do RMS (root mean square raiz quadrada da média dos quadrados) da atividade mioelétrica. A análise estatística dos dados foi executada através dos testes de Friedman, Dunn, Cochran e t de Student. Resultados: Houve significativa diminuição da média do RMS da atividade mioelétrica na fase de oclusão portal, em comparação à fase de pré-oclusão. A freqüência percentual de hemorragia da lâmina própria aumentou durante a oclusão, sendo proporcional ao tempo de estase, com diferença significativa entre a fase de pré-oclusão e a etapa de 60 minutos de oclusão. Infiltrado inflamatório, dilatação vascular e desprendimento epitelial não apresentaram diferença entre as duas fases. Durante a estase, PAM, FC e PVC diminuíram (p = 0,326; 0,375 e 0,008; respectivamente), e PP aumentou (p = 0,015). Conclusões: A oclusão parcial da veia porta de cães promoveu diminuição da atividade mioelétrica e aumento da freqüência percentual da hemorragia da lâmina própria, além de queda da PVC, mantendo relativa estabilidade hemodinâmica