Efeito do consumo agudo de inulina e goma guar parcialmente hidrolisada no percentual de esvaziamento gástrico e material transitado pelo intestino delgado em indivíduos sadios: estudo randomizado crossover
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil ENF - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/64946 |
Resumo: | Introdução: As fibras dietéticas inulina e goma guar parcialmente hidrolisada (GGPH) podem afetar a motilidade gastrointestinal, mas estudos sobre seu impacto no esvaziamento gástrico e trânsito intestinal são variados. Objetivos: Avaliar o efeito da ingestão aguda de inulina e GGPH no esvaziamento gástrico, no trânsito intestinal, na glicemia capilar e na sensação de fome e saciedade. Métodos: Trata-se de estudo crossover, randomizado, placebo controlado e triplo mascarado. 26 voluntários saudáveis (sem diagnóstico de doenças que alterem a motilidade gastrointestinal) de ambos os sexos, foram incluídos. Em três ocasiões distintas, com washout mínimo de sete dias, após jejum de 8 horas, os voluntários ingeriram refeição teste padronizada composta por: pão de forma, omelete feita com as claras de dois ovos e geleia de morango. Foi incorporado à omelete, 1 milicurie de 99m-tecnécio-estanho coloidal adicionados de 20g de um dos módulos (frutooligossacarídeo ou goma guar parcialmente hidrolisada ou placebo). De forma que ao final do estudo o mesmo voluntário havia ingerido os três módulos. Para obtenção percentual de esvaziamento gástrico e percentual de material transitado pelo intestino delgado, utilizou-se a cintilografia com imagens do abdome logo após ingestão da refeição teste e a cada hora durante o período de 6 horas. A glicemia capilar foi coletada com fitas e lancetas próprias em jejum, 3 e 5 horas após a refeição teste. As sensações de fome, saciedade e desejo de comer foram avaliadas por meio das escalas visuais analógicas de 100 milímetros aplicadas no jejum e nos tempos de 1, 3 e 5 horas após a ingestão de cada refeição teste. As análises estatísticas foram feitas utilizando o programa Statistical Package for the Social Sciences, considerando significativos os valores de p ≤ 0,05. Resultados: Foram incluídos 26 voluntários saudáveis, com idade média de 22,50 anos (20-34 anos de idade). Após 2h da refeição, observou-se redução para o %EG com ambas as fibras comparadas com o controle (p<0,05). O %MTID foi maior na refeição com inulina em comparação a maltodextrina (52,50 ± 12,88 e 46,08 ± 11,69, respectivamente) (p=0,034). Do início do estudo até 3 horas após a ingestão da refeição teste (T0 – T3), os indivíduos que consumiram a inulina, GGPH e o controle apresentaram redução significativa na concentração da glicemia capilar (p>0,05). Para as escalas visuais analógicas, os voluntários que ingeriram ambas as fibras apresentaram redução na sensação de fome, no T3, com medianas: maltodextrina - 8,2 cm (4,8 – 10,0), inulina - 6 cm (4,2 – 10,0) e GGPH - 6,4 cm (0,0 –10,0). Conclusão: Ambas as fibras retardaram o %EG no tempo de 2 horas. A inulina, por sua vez, acelerou o trânsito do intestino delgado. A inulina, GGPH e maltodextrina reduziram a glicemia capilar do T0 ao T3. Nas escalas visuais analógicas os voluntários que ingeriram as fibras apresentaram menor sensação de fome no tempo de 3 horas. |