Qualidade da dieta e fatores associados: um estudo em nutricionistas do Estado de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SANTOS, Priscilla Alves
Orientador(a): CABRAL, Poliana Coelho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17560
Resumo: Com o objetivo de avaliar a qualidade da dieta e seus fatores associados em nutricionistas do sexo feminino do estado de Pernambuco, foi realizado um estudo observacional, com uma amostra de 135 nutricionistas com idade média de 33,210,0 anos. As informações foram obtidas através do preenchimento de questionário online, de onde foram coletados dados demográficos, de estilo de vida, antropométricos e autopercepção do peso corporal. O excesso de peso foi definido pelo índice de massa corporal (IMC) ≥ 25kg/m2 e a obesidade abdominal foi determinada pela circunferência abdominal (CA) ≥80cm e pela razão cintura-estatura (RCE) >0,5. Dados sobre o consumo alimentar foram coletados através de dois recordatórios de 24h. O consumo calórico foi dicotomizado em acima e abaixo da Necessidade de Energia Estimada (Estimated Energy Requirement - EER), sendo observada a proporção de indivíduos em cada caso. A qualidade da dieta foi avaliada através do Índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R), sendo categorizadas em dieta adequada as nutricionistas que apresentaram valores acima do terceiro tercil (IQD-R>78,3 pontos). Para identificar as variáveis associadas à dieta inadequada foi realizada a Regressão de Poisson. A média do IQD-R encontrada foi de 71,612,6 pontos, sendo que, do total de mulheres envolvidas neste estudo, 66,7% apresentaram dieta inadequada. Quanto ao estado nutricional, o excesso de peso e a obesidade abdominal foram encontrados em 23,0% e 50,4% das mulheres, respectivamente. Após ajuste, as variáveis autopercepção de magreza (RP ajustada=0,31 IC95% 0,12-0,63), número de filhos ≥2 (RP ajustada=0,53 IC95% 0,25-0,78) e não fazer exercícios físicos (RP ajustada=1,26 IC95% 1,06-1,43) permaneceram independentemente associadas à dieta inadequada. Dos componentes do IQD-R, os que apresentaram os consumos mais inadequados foram cereais integrais e óleos. Além disso, sete componentes (frutas totais; frutas integrais; vegetais totais; vegetais verdes escuros e alaranjados; cereais totais; carnes, ovos e leguminosas; e sódio) apresentaram pontuação máxima, demonstrando que as mulheres alcançaram as recomendações para esses componentes dietéticos. Observou-se que o percentual de dieta inadequada é alto para este tipo de público, detentor do conhecimento da Nutrição, que o fato de não praticar exercício físico é fator de risco para a má qualidade da dieta, bem como se achar magro e ter mais de dois filhos é fator protetor contra a mesma.