A disciplina “Projetão” : história, papel e relevância para o ecossistema de tecnologia de informação e comunicação do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: NASCIMENTO JÚNIOR, Edmilson Rodrigues do
Orientador(a): RAMALHO, Geber Lisboa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencia da Computacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43220
Resumo: A Universidade ser de excelência no ensino e pesquisa é condição necessária, mas não suficiente para a criação de uma cultura de inovação e empreendedorismo entre os seus membros e a sociedade. Dessa forma, expandir a cultura universitária para ser um Locus de ensino e prática sobre inovação, empreendedorismo e transferência de tecnologia faz-se necessário, pois a inovação traduz-se em competitividade para empresas e melhoria na qualidade de vida para os indivíduos. Nesse contexto, nos últimos 18 anos desenvolveu-se no Centro de Informática da UFPE a disciplina conhecida popularmente como “Projetão”. A disciplina é reconhecida pelo ecossistema de TIC de Recife como um sucesso em função de seu papel de fomento à cultura e aprendizado prático de inovação e empreendedorismo de base tecnológica, tendo inclusive ajudado a criar diversas startups. Contudo, até o início desse trabalho, ninguém havia documentado a história ou estudado a percepção do papel e relevância de Projetão. A presente dissertação objetiva preencher essas lacunas, analisando o papel e a relevância de Projetão junto aos líderes do ecossistema de TIC de Recife, e documentando e organizando o histórico de Projetão. Para tanto, foram aplicados métodos mistos de levantamento de dados: pesquisa documental, entrevistas semi-estruturadas com líderes do ecossistema e surveys com outros stakeholders. Levantamos que Projetão educou 2135 estudantes, que criaram 22 startups, dentre as quais destacam-se InLoco (Incognia), Eventik, Capyba, Prepi e Lovecrypto. Também, pode-se constatar que a maioria dos respondentes à pesquisa trabalham com inovação após formados e 16.6% dos respondentes da pesquisa se tornaram empreendedores profissionais. Por fim, essa pesquisa também contribui, como efeito colateral, com uma reflexão crítica sobre a disciplina de Projetão, que poderá contribuir com sua melhoria no futuro. É o caso de algumas observações dos líderes do ecossistema que entendem que os alunos de Projetão ainda resolvem problemas pouco relevantes e que poderia haver um foco maior em criar startups com mais maturidade de mercado, com perfil de fundadores diversos e com um maior diferencial inovador.