Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
TRAGTENBERG, João Nogueira |
Orientador(a): |
CABRAL, Giordano Ribeiro Eulálio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencia da Computacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29914
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Resumo: |
A popularização e miniaturização dos computadores possibilitaram a inserção de sistemas digitais em diversos novos contextos, como sistemas wearable, de internet das coisas e de realidade aumentada, provocando mudanças rápidas e radicais na forma com que interagimos com as máquinas. Estas novas tecnologias também trouxeram diversas contribuições para a expressividade artística, permitindo, por exemplo, a criação de ferramentas digitais para se fazer música e dança. As ferramentas digitais para o contexto artístico dão grande liberdade na integração de diferentes modalidades de expressão. O escopo deste trabalho está relacionado à criação de instrumentos onde a música seja gerada intencionalmente pela dança. Propomos o conceito de Instrumentos Digitais de Dança e Música (Digital Dance and Music Instruments, D²MIs). Diversos D²MIs já foram criados, mas pela falta de uma referencia unificada, muitos processos de desenvolvimento apresentam-se isolados um do outro. Também propomos uma abordagem de análise do processo de design a partir da sistematização de paradigmas tecnológicos, compostos por um conjunto de conhecimentos, crenças e valores definidos por uma comunidade de desenvolvimento que direcionam a perspectiva de um membro do paradigma sobre o seu processo de criação. Acreditamos que a consciência de um paradigma tecnológico pode contribuir para uma postura crítica no desenvolvimento de produtos. Os paradigmas de Instrumentos Musicais Digitais (Digital Musical Instruments, DMIs) ou de Sistemas Interativos de Dança (Interactive Dance Systems, IDSs) podem contribuir para o design de D²MIs, mas o primeiro traz poucas contribuições para a expressividade corporal e o segundo traz poucas referencias para uma relação instrumental com a produção musical. A articulação entre as referencias de ambos os paradigmas pode ser uma tarefa árdua para o designer de D²Mis porque os paradigmas de DMIs e IDSs estão fundamentados em premissas diferentes. Propomos um novo paradigma, de D²MIs, a partir da interseção entre os de DMIs e IDSs. Ele tem como principal objetivo articular um conjunto de conhecimentos, crenças e valores já existentes para contribuir para o design de instrumentos para expressão corporal e musical. Este paradigma também pode servir de ponte entre DMIs e IDSs, servindo de língua franca entre ambas as comunidades e facilitando a troca de conhecimentos. Analisamos, através do paradigma proposto, quatro novos D²Mis concebidos e construídos durante as etapas iniciais do processo de pesquisa: o “TumTá” (um instrumento vestível que dispara sons a partir de pisadas no chão), o “Pisada” (um instrumento posicionado no chão de um ambiente, que quando pisado seleciona ou dispara sons), o “Giromin” (um instrumento fixado no corpo para produzir e manipular sons com gestos livres) e o “Piso Interativo” (um piso de vidro que ao ser pisado dispara sons e luzes para o público tocar e dançar). Apresentamos ao final as lições aprendidas com a análise da criação destes instrumentos. O paradigma apresentou potencial como uma ferramenta analítica para sistematização de problemas e soluções no processo de design de D²MIs. |