Estratigrafia de alta resolução da sequência Rifte e Pós-Rifte do Graben de Piedade, Bacia Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ARAÚJO, Iraclézia Gomes de
Orientador(a): LIMA FILHO, Mário Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36161
Resumo: A Bacia Pernambuco compreende a faixa costeira Sul da cidade do Recife, com limites impostos a Norte pela Zona de Cisalhamento de Pernambuco (ZCPE) e a Sul pelo Alto de Maragogi. Esta bacia é formada por duas sub-bacias onshore: (1) Sub-bacia ou Graben de Piedade, que vai desde a ZCPE até o Alto do Cabo de Santo Agostinho; (2) Sub-bacia do Cupe ou Graben do Cupe, que vai do Alto do Cabo de Santo Agostinho até o Alto de Maragogi. A referida bacia, apesar de formada por mecanismos de abertura ligados à formação de bacias como Santos e Campos, ainda é alvo de dúvidas com relação a seus aspectos tectono-estratigráficos. Foram utilizados, no desenvolvimento do presente estudo, diversos poços hidrogeológicos com perfis geofísicos, bem como os poços estratigráficos IATE (1-LABIO-PE3) e 9-JG-PE, todos localizados na Sub-bacia de Piedade. A triagem e tratamento dos dados resultaram numa malha de poços heterogênea, com poços agrupados em painéis de correlação lateral. Os quais foram alvo de análise e inferências de cunho estratigráfico e estrutural. Os dados estruturais, extraídos de mapas de falhas e mapas de anomalia Bouguer, confrontados com dados dos painéis de correlação lateral, mostraram que a porção onshore do Graben de Piedade apresenta uma estruturação interna relacionada a dois pulsos de esforços: um com direções NE-SW e NW-SE, pré e/ou sin-deposicionais, ligadas à abertura da bacia e estruturação interna do graben estudado, com idades relativas mais jovens que a da Discordância I (Aptiano/Albiana); e outro ENE-WSW e NNW-SSE, provavelmente pós-deposicional, com datação relativa à deposição dos carbonatos da Formação Estiva e, portanto, pós Cenomaniano-Turoniano. Foi observado que o Baixo de Piedade detém as maiores profundidades da região estudada, caracterizando-se como depocentro do Graben de Piedade. Das análises estratigráficas dos painéis de correlação, conclui-se que as superfícies estratigráficas presentes na forma de seis discordâncias e uma Superfície de Inundação Máxima (SIM) limitam sequências de 4º Ordem de grandeza. Cada uma com características litológicas e respostas de perfis elétricos correspondentes a elas foram agrupadas e individualizadas, levando a identificação de Tratos de Sistemas de Nível Baixo, Trato de Sistema Transgressivo e Trato de Sistema de Nível Alto. A sucessão de tratos de sistemas foi interpretada como depositados entre dois pontos de inflexão de curva eustática, caracterizando um intervalo depositado durante um ciclo de variação relativa do nível do mar para este ponto estudado. Logo, compondo uma Sequência Deposicional, que, devido ao caráter regressivo abrupto de sua discordância basal limitante, atribui a esta sequência uma denominação do Tipo 1 e, desta forma, coerente com os tratos de sistema que a compõe. Contido neste intervalo, encontra-se uma camada de elevado potencial gerador (topo do Trato de Sistema Transgressivo), o que pode conferir elevado aspecto econômico e potencial petrolífero exploratório à bacia.