Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Iranilson Buriti de |
Orientador(a): |
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7289
|
Resumo: |
Esta tese analisa as construções dos conceitos de família no Recife dos anos 20 e 30, que ganharam visibilidade mediante as práticas discursivas das obras de Gilberto Freyre e do Diário de Pernambuco. Tomando como referência as obras Casa Grande & Senzala, Sobrados e Mucambos e Ordem e Progresso, investigamos como foi elaborado o conceito de família patriarcal a partir dos anos 20, momento marcado pela tensão e intensos debates intelectuais entre os termos moderno e atrasado . Nesses debates, as famílias são (re)visitadas pela imprensa e pela intelectualidade, sendo cada vez mais visível os deslocamentos da elite recifense quanto às maneiras de viver dos tempos passados. Tendo como objetivo problematizar esses deslocamentos e rupturas quanto aos hábitos da elite dita tradicional, pesquisamos no Diário de Pernambuco artigos e propagandas que evidenciavam essas mutações nas condutas de homens e de mulheres ansiosos pela novidade da ocupação de novos territórios. Através da análise de discurso, investigamos como foram elaborados, no Recife, os territórios da família burguesa. Portanto, este trabalho contextualiza o momento em que emergiram ou se tornaram mais visíveis discursos sobre a higienização do corpo e da mente, a moral e o civismo, os códigos de conduta que modelizam homens e mulheres desejosos dos artifícios modernos. Esses discursos são tecnologias que territorializam as famílias burguesas nos espaços de modernidade, mas que também provocam deslocamentos com os hábitos e valores das famílias ditas tradicionais. |