Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
TAVARES, Anna Odara de Araujo |
Orientador(a): |
MENEZES NETO, Hugo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39185
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Resumo: |
Este trabalho é sobre a Marcha das Vadias Recife, uma das mais representativas manifestações feministas ocorridas na cidade. O objetivo principal é analisar, por meio da pesquisa etnográfica, como a Marcha das Vadias Recife (MVR) se organiza e ocupa as ruas anualmente, convertendo-se num espaço singular para determinadas formas de reinvindicação política. A Marcha é mundialmente conhecida por ser uma manifestação em que as participantes costumam usar roupas curtas e expor seus corpos parcialmente desnudados, adornos e elementos estéticos que caracterizem a ideia de "vadia". Tais elementos são transformados em críticas às moralidades e aos padrões que impactam à vida das mulheres. Entendemos aqui as vestimentas e a nudez como formas singulares de protesto, por seu poder de subversão e de ressignificação, por sua força estética e discursiva. Portanto, parte grande dos esforços analíticos passa pela apropriação dos corpos como elemento político reivindicatório (BUTLER, 2019) em um evento que coloca o corpo e a nudez no lugar central no seu conceito e realização. O trabalho de campo ocorreu nas edições de 2017, 2018 e 2019 e o empreendimento etnográfico focou na ocupação do espaço público por mulheres em um ato político, trazendo para a luta feminista ferramentas que se transformaram em características da Marcha das Vadias, como a irreverência, o deboche e a ironia (RAGO, 2013). Assim, a manifestação propõe um processo de ressignificação da ideia da vadia como forma de subverter padrões sexistas e patriarcais, dando às roupas (ou ausência dessas) um viés político. |