Avaliação antineoplásica de moléculas nitroaromáticas em modelos de neoplasias pancreáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: COSTA, Valécia de Cassia Mendonça da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56584
Resumo: O diagnóstico tardio, a resistência aos tratamentos quimioterápicos vigentes, bem como a relevância das regiões de hipóxia, torna a neoplasia pancreática altamente agressiva e letal. Assim, torna-se necessária a busca incessante por novas estratégias terapêuticas. Os derivados nitroaromáticos apresentam atividades antineoplásicas conhecidas e, unidos a outros grupos farmacofóricos como tiossemicarbazonas, tiofenos, tiazóis e isatinas, podem potencializar as atividades anticâncer. Diante do exposto, esta tese buscou avaliar a atividade antineoplásica in vitro de moléculas nitroaromáticas em linhagens neoplásicas pancreáticas. Inicialmente, verificou-se a citotoxicidade dos derivados em questão pelo método de MTT em PBMCs e linhagens neoplásicas pancreáticas. Os derivados promissores foram investigados em ensaios funcionais como formação de colônias, ciclo celular, proliferação celular, produção de espécies reativas de oxigênio, migração celular, análise tridimensional e apoptose, bem como mecanismos de ação utilizando RT-PCR e protein array. De acordo com os resultados, nos derivados nitroaromáticos tiossemicarbazonas, observou-se que, em PBMCs, os compostos PR- 16, PR-19, PR-20 e LAB-2E foram tóxicos. Nos ensaios subsequentes nas linhagens BxPC-3, MIA PaCa-2 e PANC-1, foram selecionados os derivados PR-12, PR-13 e PR-17. Desta classe de moléculas, o PR-17 destacou-se com IC50 de 8,9μM na linhagem MIA PaCa-2, promovendo diminuição de células nas fases G0-G1, acúmulo de células na fase S, redução de genes relacionados à autofagia e diversas quinases envolvidas na proliferação celular. Em relação aos resultados das moléculas nitroaromáticas isatina-tiazol, o LAB-2E apresentou toxicidade em PBMCs. Nas células neoplásicas pancreáticas, destacou-se o composto LAB-1E nas linhagens BxPC-3 e MIA PaCa-2 com IC50 de 1,22μM e 5,22μM, respectivamente. Este derivado, em ambas as linhagens, promoveu redução na proliferação celular, acúmulo de células nas fases S/G2/M, diminuição de clones, levou à morte celular por apoptose, elevou a atividade de caspases 3/7 e induziu a produção de espécies reativas de oxigênio. Além disso, ocasionou modificações morfológicas, aumento de genes relacionados com apoptose e autofagia e surgimento de pontos necróticos nos esferoides. Os derivados avaliados demonstraram ter atividade antineoplásica frente a linhagens de PDAC, podendo ser investigados como possíveis estratégias terapêuticas no futuro.