Florentino Teles de Menezes, criador de sistemas : uma interpretação sociológica do seu pensamento (1946-1953)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: SOUZA, Moisés Cruz
Orientador(a): ZARIAS, Alexandre
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55469
Resumo: Esta dissertação realiza uma análise histórica e sociológica do pensamento do intelectual sergipano Florentino Teles de Menezes (1886-1959), com foco na relação entre seu pensamento e os condicionantes socioculturais em Sergipe nas décadas de 1940 e 1950. Embora seu pensamento seja amplamente desconhecido, especialmente no período mencionado, esta pesquisa se concentra em duas de suas obras: as publicações parciais de Sociedade e sacrifício no periódico Sergipe-Jornal, em 1946, e o livro Grandeza, decadência e renovação da vida em 1953. A análise destas publicações revela relações desconhecidas pela literatura especializada em Florentino Menezes, tanto em termos de similaridades (ideias e textos comuns) quanto de descontinuidades (supressões nos textos compartilhados). A pesquisa utiliza a Sociologia do Conhecimento de base mannheimiana, enfocando a relação entre as obras e seus contextos socioculturais. A chave analítica reside no debate sobre autonomia intelectual e institucionalismo no Brasil, especialmente no desenvolvimento do pensamento sociológico em posições periféricas. Os resultados indicam que a leitura conjunta das publicações de 1946 e 1953 revela um sistema de pensamento completo, não acessível ao considerar as obras isoladamente, pois Menezes nunca as publicou integralmente, embora pretendesse. Além disso, as diferenças entre as duas publicações não se limitam a temas específicos, como o socialismo, mas envolvem supressões sistemáticas desses temas. Essas supressões e a forma de cada publicação, em 1946 e 1953, só podem ser compreendidas plenamente quando relacionadas aos contextos sociais, culturais e políticos específicos de cada obra.