Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
VALLE, Márcio Martins |
Orientador(a): |
PEREIRA, Pedro de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32769
|
Resumo: |
A plataforma continental do estado de Alagoas apresenta uma configuração típica de plataformas tropicais de margens passivas, com declive suave, quebra aproximadamente paralela à linha de costa e coberta por águas claras, quentes e calmas. Em sua porção interna, em profundidades menores do que 20 m, é comum a presença de bancos recifais, biogênicos ou não, dispostos em franja, em barreira ou isoladamente, especialmente, no terço setentrional da plataforma. A região entre estes recifes da plataforma interna é coberta por sedimentos com granulometria predominante entre areia média e grossa e com alguma contribuição de material terrígeno, embora haja abundância de fragmentos bioclásticos autigênicos. Na porção média da plataforma, entre as profundidades de 20 m a 40 m, o leito é coberto por sedimentos inconsolidados prevalecendo nas frações de areia grossa a cascalho e franca predominância de material biogênico, em especial fragmentos de algas calcárias vermelhas (rodolitos). Assim como ocorre em grande parte da plataforma brasileira, toda a plataforma alagoana é uma região que carece de informações acerca das suas feições de fundo. Com a exceção de levantamentos ligados à segurança da navegação, estudos em escala regional voltados aos interesses da indústria petrolífera e de programas governamentais em escala nacional realizados entre as décadas de 1970 e 1980, dados superficiais do leito marinho em alta resolução são escassos. O levantamento pioneiro do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), utilizando escaneamento a laser aerotransportado (LiDAR), com resultados publicados a partir de 2014, revelou a existência de feições de fundo indicadoras do fluxo hidrodinâmico na área. Este trabalho tem por objetivo principal localizar e parametrizar as feições indicadoras de fluxo encontradas na plataforma norte-alagoana a partir dos dados levantados pela CPRM. Este recorte foi escolhido por ser a região que apresentou maior continuidade dos dados. Três tipos de feições foram encontrados em uma escala 1:5.000: dunas subaquosas de tamanhos médio a muito grande (cf. ASHLEY, 1990); marcas de obstáculos gigantes (cf. FLEMMING, 1984); e ravinas erosivas de padrão anastomosado. As duas primeiras são largamente reportadas na literatura sobre plataformas continentais e bem descritas por experimentos laboratoriais e observações em campo. Por outro lado, embora existam trabalhos que reportem a ocorrência de feições erosivas alongadas em ambiente plataformal, as feições do terceiro tipo aqui descritas apresentam padrão anastomosado incomum e parecem não encontrar paralelos na literatura científica do tema. |