Avaliação do efeito da fração polar do extrato de partes aéreas de Parkinsonia aculeata L. sobre a absorção de glicose em modelo in vitro de resistência insulínica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: GAIÃO, Wyndly Daniel Cardoso
Orientador(a): MAIA, Maria Bernadete de Sousa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39321
Resumo: No Brasil, uma grande variedade de espécies vegetais tem sido estudada ou utilizada pela medicina popular como terapia alternativa ou complementar para controlar as alterações verificadas na diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Parkinsonia aculeata é uma espécie vegetal do bioma da Caatinga, tradicionalmente utilizada para melhorar a homeostase da glicose. O presente estudo descreve o efeito da fração polar do extrato de partes aéreas de Parkinsonia aculeata L. sobre a absorção de glicose em modelo in vitro de resistência. O extrato hidroetanólico (1:1) de P. aculeata, sem solvente, foi submetido à partição com acetato de etila (1:1). Essa mistura foi colocada em funil de decantação para obtenção da fração polar. Posteriormente, colocou-se a fração polar em evaporador rotativo para remoção de solvente residual, seguida de congelamento e liofilização. O material obtido foi identificado como FpHEPA. Para os testes de citotoxicidade, necrose e apoptose, adipogênese e absorção da glicose, foi utilizada a linhagem celular pré-adipócitos 3T3-L1. As células foram mantidas em cultura em meio DMEM, soro fetal bovino, e antibióticos, 5% de gás carbônico a 37 °C. As células foram diferenciadas em adipócitos com 0.5 mM de 1-metil-3-isobutil-xantina (IBMX), 1 µM de dexametasona e 1 µg/mL de insulina. A avaliação da citotoxicidade da FpHEPA foi realizada pelo ensaio colorimétrico do MTT nas concentrações de 5, 10, 25, 50, 75 ou 100 µg/mL. A influência da FpHEPA adipogênese foi realizada nas concentrações de 25, 50, 75 ou 100 µg/mL Necrose e apoptose celular foram quantificadas através da citometria de fluxo. A resistência insulínica nos adipócitos foi realizada através da exposição à dexametasona (1 µM) e insulina (10 µg/ml) e a diferentes concentrações de FpHEPA (25, 50, 75 ou 100 µg/mL) durante 96 horas. Os sobrenadantes referentes a cada concentração foram coletados e as concentrações de glicose determinadas pelo método da glicose oxidase. Utilizou-se análise de variância (ANOVA) e pós-teste de Tukey para diferenciação entre grupos. O valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Nasconcentrações testadas a FpHEPA não exibiu redução na viabilidade dos adipócitos em relação ao grupo controle. A FpHEPA aumentou a adipogênese, porém induziu aumento significativo (p<0,05) na captação de glicose em todas as concentrações testadas, com destaque para a concentração de 50 µg/mL, quando comparadas ao grupo com resistência insulínica sem tratamento. Desse modo, a FpHEPA não induziu morte celular, aumentou a adipogênese e absorção de de glicose em adipócitos 3T3-L1.