Os aneurismas intracranianos nas duas primeiras décadas de vida : experiência no Hospital da Restauração, Recife, Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: de Melo Tavares de Lima, Frederico
Orientador(a): Rocha Cirne Azevedo Filho, Hildo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8688
Resumo: Os aneurismas arteriais intracranianos ocorrem em uma freqüência muito baixa nas duas primeiras décadas de vida com um predomínio no sexo masculino. Na maioria dos casos, o sintoma inicial é um sangramento (HSA/HIP/HIV), mas sinais de hipertensão intracraniana, paralisia isolada de nervos cranianos, epilepsia, isquemia cerebral, cefaléia esporádica ou mesmo achados incidentais podem ser as manifestações reveladoras dessa grave enfermidade. A história clínica freqüentemente não sugere antecedentes patológicos, mas um número expressivo de traumatismos crânio encefálicos prévios de diferentes magnitudes além de problemas infecciosos, principalmente a endocardite bacteriana estreptocócica, têm sido relacionados aos aneurismas incidentes nessa faixa etária. Existem grandes controvérsias na literatura em relação à topografia e ao tamanho dos aneurismas, pois nas séries de autores de língua inglesa os aneurismas da circulação vértebro-basilar e os de diâmetro superiores a 25mm atingem valores acima aos encontrados nas séries originárias de países de línguas derivadas do latim. Outros autores sugerem que esses aneurismas ditos gigantes e da circulação posterior são mais peculiares às crianças na faixa etária abaixo dos cinco anos, especialmente os lactentes. Apesar desses fatores complicadores, o vasoespasmo, tão temido nos pacientes adultos, parece exercer pouco efeito clínico mesmo nos casos com comprovação angiográfica. O presente estudo é constituído por nove pacientes com idade variável de 3 a 19 anos, porém sete deles têm de 10 a 14 anos. O sexo masculino predominou numa proporção de 2:1. Um sangramento foi a manifestação clínica inicial em todos os casos. Duas crianças relatavam um TCE leve nas 24 horas que antecederam o sangramento, uma criança estava no curso do tratamento de endocardite bacteriana e uma adolescente no curso do terceiro trimestre da gestação. Não constatamos aneurismas múltiplos nem gigantes. Seis aneurismas estavam localizados na ACI, cinco deles ao nível da bifurcação. Dos sete pacientes que foram operados, cinco foram considerados curados e nenhum faleceu. Um dos óbitos foi decorrente de ressangramento, o outro por infecção grave