Efeito do déficit hídrico e da remoção da cera epicuticular nas trocas gasosas em Jatropha mollisima e Jatropha curcas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: FIGUEIREDO, Karla Viviane de
Orientador(a): SANTOS, Mauro Guida dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11775
Resumo: O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da restrição hídrica e da remoção da cera epicuticular no mecanismo de trocas gasosas em Jatropha curcas L. e Jatropha mollissima (Pohl) Baill., em casa de vegetação. O experimento obedeceu ao delineamento em blocos ao acaso, com 2 espécies, 2 tratamentos (controle e estressado - 80% e 25% da capacidade do pote, respectivamente), 2 tipos de folha (com e sem cera) e 7 repetições. Foram analisados conteúdo hídrico relativo (CHR), condutância estomática (gs), assimilação (PN), transpiração (E), temperatura foliar (Tf), teor e composição da cera e os n-alcanos cuticulares. Além disso, carboidratos solúveis totais (CST), aminoácidos livres totais (ALT), proteínas solúveis totais (PST) e o conteúdo de clorofila também foram avaliados. Ambas as espécies mantiveram o CHR elevado mesmo sob restrição hídrica (J. cucas: 70-80%; J. mollissima: 80-90%) e apresentaram eficiente controle estomático que refletiu em reduções nas taxas de assimilação e transpiração nas plantas sob estresse hídrico. As folhas dos indivíduos que tiveram a cera epicuticular removida apresentaram taxas reduzidas de gs, PN e E apenas nos primeiros dias do estresse, atingindo valores semelhantes aos seus grupos de referência a partir do quinto dia do estresse. Ainda, as duas espécies apresentaram Tf superior a temperatura ambiente e um aumento foi observado em plantas sob restrição hídrica. A Tf também foi afetada pela remoção da cera, com as folhas desse tratamento apresentando de 1,5 °C a 2,5 °C a mais que sua folhas de referência. Foi observado também, aumento de aproximadamente 70% no teor de cera epicuticular nos indivíduos sob restrição hídrica, entretanto, uma análise qualitativa do extrato da cera epicuticular não mostrou diferenças na composição química de acordo com o tratamento hídrico, sendo composta predominantemente por ácidos graxos/triterpenos ácidos, triterpenos alcoólicos/alcoóis primários e n-alcanos. Mas a análise quantitativa mostrou diferença na abundância relativa dessa classe, com predomínio do C31 (cerca de 45%) em J. mollissima e do C29 (cerca de 30%) em J. curcas. Apesar das alterações nas trocas gasosas não foi observado diferença quanto ao metabolismo de CST, ALT, PT e clorofila. Os resultados sugerem que plantas jovens de J. mollissima e J.curcas são capazes de tolerar déficit hídrico, mantendo seu metabolismo e que a integridade da cera é fundamental para manutenção das trocas gasosas.