Programas de exercícios físicos para pessoas com Doença Venosa Crônica : treinar condicionamento geral ou membros inferiores?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CARVALHO, Ícaro do Carmo
Orientador(a): FERREIRA, Daniela Karina da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Fisica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38895
Resumo: A Doença Venosa Crônica (DVC) gera sinais e sintomas que afetam a aptidão física e a qualidade de vida dos indivíduos. O exercício físico promove melhora da função venosa, amplitude de movimento e mobilidade da articulação do tornozelo, permitindo melhor funcionamento da bomba muscular da panturrilha, retardando ou evitando a progressão da DVC. No entanto, os estudos não são claros ao indicar um programa de treinamento que possibilite maior benefício em termos de aptidão física e qualidade de vida das pessoas com DVC. Dessa forma, este estudo teve o objetivo de comparar os efeitos de dois programas de treinamento sobre variáveis de aptidão física e qualidade de vida em mulheres com DVC. Para isso, foi desenvolvido este ensaio clínico com a participação de mulheres com DVC, praticantes regulares de programas de exercício físico, as quais foram submetidas a uma avaliação inicial, intervenção de 12 semanas de exercícios físicos sob um dos programas, definido por sorteio, e uma avaliação final. Foram coletados dados do questionário de qualidade de vida VEINES QoL/Sym, além de medidas de perimetria de panturrilha, goniometria do tornozelo, teste de ponta de pé e teste do degrau. Os programas de treinamento consistiam em uma proposta de condicionamento físico geral (programa A) e outra de fortalecimento de membros inferiores (programa B). A análise de dados foi feita através do teste t independente, comparando a variação nos resultados de cada teste, com nível de significância <0,05. Concluíram o período de intervenção 9 mulheres do programa A (idade 54±18 anos e DVC moderada) e 11 mulheres do programa B (idade 58±8 anos e DVC moderada). As participantes do programa B apresentaram desempenho significativamente superior às do programa A nas variáveis de resistência muscular e flexibilidade de tornozelo, com variação pós intervenção de 68% contra -19% (p<0,01) em repetições e 51% contra -29% (p<0,01) no tempo de execução do teste de ponta de pé, além de 22% contra -1% (p=0,02) em flexibilidade do tornozelo. Concluindo-se, então que um programa de treinamento específico para fortalecimento de membros inferiores possibilita melhores resultados em aptidão física quando comparado a um programa de condicionamento físico geral, não havendo diferença significativa em qualidade de vida.