Hemodinâmica venosa de membros inferiores em mulheres durante a gestação e após o parto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gardenghi, Leandro Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-21072016-151800/
Resumo: Contexto: Existem controvérsias na literatura médica sobre potenciais alterações da hemodinâmica venosa dos membros inferiores durante a gravidez. Objetivo: Estudar a drenagem venosa em membros inferiores e suas alterações na gestação (1º, 2º e 3º trimestres) e pós-parto mediante Mapeamento Dúplex (MD) das veias profundas e superficiais e a Pletismografia a Ar (PGA). População: Foram recrutadas vinte mulheres primigestas, sem doença venosa prévia, junto aos Núcleos de Saúde da Família ligados ao Centro de Saúde Escola da FMRP-USP. Métodos: O estudo hemodinâmico venoso nos membros inferiores foi realizado empregando-se dois métodos não invasivos: o MD e a PGA. Foram registrados os diâmetros e os refluxos das principais veias (femoral comum, femoral, poplítea, safena magna e parva) dos membros inferiores por meio do MD. Foram avaliados pela PGA: o índice de enchimento venoso (IEV), a fração de ejeção (FE), a fração de volume residual (FVR) e o esvaziamento venoso (OF-outflow). Todos os registros foram obtidos em 3 diferentes períodos da gestação e no pós-parto. Os dados foram estatisticamente analisados e considerou-se p?0,05. Resultados: Houve aumento do diâmetro venoso no território da femoral comum e da safena magna infravalvar bilateralmente, nos 2º e 3º trimestres. Na PGA, registrou-se diminuição da FVR bilateral, elevação do IEV à direita e aumento do OF bilateral no decorrer da gestação. Observou-se edema em 4 (15%) gestantes no segundo trimestre e 11 (55%) no terceiro trimestre. Quanto ao refluxo, documentouse um caso no 2º trimestre no território da safena magna supravalvar esquerda (5%) e mais dois casos no 3º trimestre (15%), sendo uma no território da safena magna infravalvar esquerda e outra gestante com refluxo nos territórios de safena magna infravalvar e safena parva esquerdas. Após o parto, houve regressão de todas essas alterações anatômicas e hemodinâmicas da drenagem venosa dos membros inferiores. Conclusão: Apesar do aumento significativo dos diâmetros das veias femorais comuns e safenas magnas infravalvares bilateralmente, diminuição da FVR bilateral, elevação do IEV à direita, aumento do OF durante a gestação, todas essas alterações retornaram aos parâmetros anatômicos e hemodinâmicos venosos iniciais, após o parto