Avaliação do algoritmo Acuros XB de cálculo de dose em radioterapia em meios heterogêneos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ALBINO, Lucas Delbem
Orientador(a): KHOURY, Helen Jamil
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
AAA
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33832
Resumo: No planejamento radioterápico com acelerador linear procura-se aplicar uma dose de radiação em um determinado volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais. Para tanto, utilizam-se algoritmos de cálculo que permitem determinar com exatidão a distribuição de dose no meio. Entretanto, estes algoritmos apresentam alguma dificuldade de cálculo para planejamentos em meios heterogêneos. É objetivo deste trabalho avaliar o algoritmo Acuros XB, que recentemente foi implementado no sistema de planeamento de tratamentos Eclipse (Varian Medical System), em cálculos com correção de heterogeneidade e comparar com o algoritmo AAA (Analytical Anisotropic Algorith), que vem sendo utilizado para o cálculo de doses em meios heterogêneos. A partir deste estudo espera-se contribuir para a implantação do Acuros XB na rotina clínica do setor de radioterapia do Real Hospital Português de Recife. Para tanto, foram inicialmente realizados estudos de porcentagem dose profunda (PDP) em meios homogêneos, simulando tecido humano e em seguida em meios heterogêneos em cavidades de ar e cortiça, simulando pulmão. Os resultados mostraram que os dois algoritmos AAA e Acuros XB apresentaram resultados similares em meios homogêneos, porém em meios heterogêneos, os dados obtidos com o Acuros XB para pontos após a heterogeneidade apresentaram melhor concordância com os dados dosimétricos do que os obtidos como algoritmo AAA. Os algoritmos também foram avaliados em condições clínicas de tratamento de 59 pacientes com tumor de pulmão que se submeteram a tratamento de RT, com a técnica de RapidArc, cujo planejamento havia sido calculado com o AAA e foi recalculado com o Acuros XB. Foram comparados os valores das dose-volume a dose no alvo (PTV) calculadas com os dois algoritmos para cada paciente. Os resultados mostraram que há diferenças significativas nos valores das doses e que o AAA superestima a dose para os valores obtidos do Dmin (5,4%), D98% (2,1%), Dmed (0,6%) e D2% (0,1%), exceto para o Dmax (-0,6%). A capacidade do algoritmo Acuros XB de melhorar a correspondência entre a dose calculada no TPS e a dose efetivamente absorvida pelo paciente, pode ter um impacto clínico significativo e aumentar a consistência dos dados em ensaios clínicos. Este estudo mostra a viabilidade da implementação do Acuros XB na prática clínica e fornece uma alternativa rápida a precisa aos métodos de Monte Carlo.