Educação em saúde : estratégias para ressocialização de moradores das residências terapêuticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Clara Fláuxi Martins da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Educacao
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39244
Resumo: A reforma psiquiátrica no Brasil consolidou-se em 2001 com a Lei n.º 10.216. O modelo de assistência a pessoas com sofrimento mental foi modificado, antes se apresentava como um modelo manicomial que levou à morte de milhões de pessoas, desencadeando a mobilização de trabalhadores, familiares e pessoas com sofrimento mental que lutaram por novas formas de cuidado. Assim, surgiram os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que ofertam cuidados em uma proposta territorial e em liberdade. Em 2003, surge o Programa de Volta para Casa que resgata as pessoas dos hospitais psiquiátricos para que possam viver em liberdade. Algumas delas vão morar nos Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT). Esse programa projeta que haja inserção social, reabilitação e ressocialização dessas pessoas que viveram anos de aprisionamento e sobreviveram ao holocausto brasileiro. Uma das propostas para o processo de ressocialização tem ocorrido mediante o acesso desses moradores às escolas públicas do município do Recife na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Com o objetivo de verificar como tem ocorrido esse processo de ressocialização, esta pesquisa utilizou-se da aplicação de questionários e entrevistas aos profissionais que participam dessa inserção, que são os cuidadores, as técnicas de referência e as educadoras, além de desenvolver uma revisão integrativa. Com os dados interpretados pela técnica da análise de conteúdo, constataram-se algumas particularidades desse acesso à escola. Em destaque, pode-se citar a enfática contribuição da escola para o processo de ressocialização de pessoas com sofrimento mental na medida que tem intensificação dos relacionamentos sociais e acesso à aprendizagem. Do mesmo modo que as pessoas entrevistadas relatam precisar de maior compromisso do poder público e gestão para discutir sobre essa nova realidade escolar que envolve a saúde e a educação.