Saúde mental e as práticas integrativas e complementares no Centro de Atenção Psicosocial Álcool e Drogas (CAPS-AD)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Fernanda Pimentel de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/123966
Resumo: A incorporação de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) nos sistemas de saúde vem sendo promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em vários países e estes têm desenvolvido políticas públicas para integrar essas práticas na saúde. O CAPS AD presta assistência a pacientes com doença mental decorrentes do uso de drogas psicoativas, tendo nas PICs novas propostas de intervenção em detrimento do modelo biomédico dominante. Este estudo teve como objetivo elucidar os significados e conhecimentos sobre a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), bem como contextualizar sobre a utilização das PICs pelos profissionais que prestam atendimento aos usuários de álcool e drogas psicoativas no CAPS-AD, do município de Fortaleza - CE. Utilizou-se entrevista semi-estruturada, com metodologia caracteristicamente qualitativa, aplicada com 12 profissionais prestadores de assistência nas referidas unidades. Após as análises, os resultados permitiram concluir que a inclusão das PICs na oferta de abordagens terapêuticas nos CAPS-ad, de maneira humanizada e integral, favorece a reflexão dos sujeitos em relação à sua saúde e condição de vida, indo na contramão de uma atenção em saúde especializada e fragmentada, para uma prática libertadora, acolhedora, de promoção do autocuidado, de vínculos entre trabalhadores e comunidade e intervenções, a partir de necessidades individuais e coletivas. As PICs e a Atenção Psicossocial almejam superar a indiferença entre o profissional e o usuário, reconstruir relações de parceria solidária e de corresponsabilização, relações dialógicas e participativas, abordagem holística de cuidado com ênfase em vivências fomentadoras da autocura e autonomia. Considero que proporcionar o acesso da população à diversidade das PICs é um desafio pertinente, cabendo, aos profissionais de saúde, sensibilizar os gestores e demonstrar a necessidade de sua inserção no sistema de saúde, ampliando o seu repertório de possibilidades de atuação diante das demandas dos usuários.