Importância da investigação farmacológica de Mirabilis jalapa Linn validação de sua utilização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: ROCHA, Laurimar Thomé da
Orientador(a): SOUZA, Ivone Antonia de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3630
Resumo: Mirabilis jalapa Linné, família das Nictagináceas, é uma planta herbácea ereta, profundamente ramificada, de folhas simples ovais, caule tipo haste, com flores pequenas, cálices apicais e pétalas que podem ser brancas, vermelhas, róseas, rôxas ou com tons multicoloridos. Nativa da América Tropical, sendo amplamente cultivada com fins decorativos no Brasil, onde é conhecida como bonina ou maravilha e encontrada da Bahia ao Paraná. Seu uso é difundido na medicina tradicional de muitos países para o tratamento de infecções, inflamação, edemas, conjuntivite, sendo também empregada como diurética, purgativa, tônica, antiespasmódica, vermífuga e antifúngica. Em sua composição fitoquímica relata-se a presença de alcalóides, flavonóides, triterpenóides e esteróides. Devido à diversidade do seu uso popular, buscou-se validar essas informações etnobotânicas, procurando dar suporte científico ao verificado na medicina tradicional. O trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda e farmacológica (antiinflamatória e anti-tumoral em roedores) do extrato das folhas de Mirabilis jalapa em sua fração hexânica. Os ensaios de toxicidade aguda foram realizados por via intraperitoneal, com observações das respectivas alterações comportamentais para cada dose administrada. As doses utilizadas foram 1,0 a 3,0 g/kg, onde foram observados efeitos estimulantes nos primeiros 20 minutos após a administração do extrato hexânico e, em seguida, observados efeitos depressores. Efeitos como aumento da diurese e excreção fecal, foram relatados durante todo ensaio. A DL50 encontrada foi de 2009,167 mg/kg enquanto que a Concentração Letal (CL50) foi de 788,987 ug/ml, avaliada através de ensaio com Artemia salina Leach, o que permite sua classificação quanto à toxicidade em moderadamente tóxico. Em sua avaliação histopatológica, foram encontradas alterações como: congestão com áreas de necrose focal em fígado, congestão renal tubular, congestão e enfisema pulmonar. Para a atividade antiinflamatória utilizou-se o modelo de edema de pata induzido por carragenina, com a administração do extrato hexânico por via oral (125; 225 e 250 mg/kg) e por via intraperitoneal (62,5; 125; 225 e 250 mg/ kg), em ratas fêmeas. Nos ensaios antiinflamatórios, por via oral, não houve diminuição considerável dos volumes do edema da pata dos ratos, enquanto por via intraperitoneal, ocorreram inibições significativas somente na fase final da inflamação. A avaliação antitumoral do extrato hexânico de Mirabilis jalapa Linn frente ao Sarcoma 180 e Carcinoma de Ehrlich por via intraperitoneal (100; 125; 225 e 250 mg/kg) apresentou significativa redução do peso médio dos tumores dos grupos tratados, com índices relevantes de inibição tumoral. Os estudos histopatológicos revelaram foram as seguintes alterações: congestão hepática, atrofia da polpa branca no baço, enfisema pulmonar e atrofia glomerular nos rins, além da presença de metástases principalmente, nos grupos controle e nas doses menos concentradas