Enegrecendo os imaginários da cidade : as performances de negritude na produção de videoclipe em São Luís

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: COSTA, Pedro Henrique de Carvalho
Orientador(a): JANOTTI JÚNIOR, Jeder Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51264
Resumo: O mundo tal qual se apresenta é uma fábula (OLIVEIRA, 2001) retroalimentada por um imaginário coletivo edificado em pressupostos coloniais que atravessam o tempo, configurando espaços de poder em que o sujeito é hierarquizado. Por estas razões é que se faz necessário um esforço que devolva o estatuto de humanidade para os corpos precarizados e subalternizados. Nesta pesquisa, proponho uma guinada da alienação à tomada de consciência da/o a/o negra/o, um trajeto que se estrutura por meio da dobra da linguagem e que cria condições para que estas/es possam, pela própria voz, se definirem para além do que lhes é atribuído pelos predicativos identitários. Por isso, interseccionando os conceitos de escrevivência (EVARISTO, 2020) e fábula crítica (HATMANN, 2020), investigo o videoclipe em rede enquanto um espaço de segurança que torna a ficção um espaço imaginativo, lugar em que os seres se (re)inventam. Diante de uma autoetnografia elaborada nos confins da memória, analiso o clipe de Chato (2020) de Marco Gabriel como indício de um fio narrativo em que a construção da negritude (CÉSAIRE, 2010) emerge como forma de um ser/saber diverso e multifacetado, que tensiona os imaginários e os estigmas sociais.