Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Tatalina Cristina Silva de |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Kátia Medeiros de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Design
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32345
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Resumo: |
Em meio à vasta possibilidade de ser evidenciadas no universo gay, uma subcultura, em especial, chama a atenção: Bears ou Ursos. Oriunda dos anos 1980, na cidade de São Francisco (Califórnia), esta subcultura tem como característica mais forte a ressignificação, com consequente valorização, da gordura corporal, dos pelos e da homossexualidade masculina a partir de um estilo de vida hipermasculino. A reivindicação daquela que seria a imagem do “macho rústico original” vem acompanhada do consumo de artefatos de moda específicos: camisas de botão, padronagem xadrez, cores escuras ou terrosas, acessórios grandes, estética retrô etc., que os proporciona uma imagem “heterossexual” e certa transitabilidade em espaços gays ou heteronormativos. Com as ferramentas metodológicas utilizadas (etnografia e entrevista compreensiva, com posterior análise de conteúdo) foi possível chegar ao conceito de transitabilidade; à relação de causalidade entre a processos de identificação ursina e as violências de ordem física e simbólica sofridas pelos entrevistados ainda na infância; aos processos rituais de consumo e fruição de certos artefatos de moda; à ansiedade/medo do escrutínio de seus pares quando da escolha de uma peça “errada” para eventos ursinos etc. No Brasil, a popularização deste estilo de vida se deu nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, com consequente expansão por outras cidades do país, chegando à cidade do Recife – PE. Nesta investigação analisou-se como se dá o processo de mediação simbólica dos artefatos de moda (vestimenta e acessórios) no subgrupo Bear recifense. Para tal, foi necessário contextualizá-lo histórica e culturalmente no Brasil e, especialmente, na cidade do Recife, compreendendo as condicionantes sociais, culturais e regionais que caracterizavam os Ursos nordestinos. Identificou-se como se estabelece o processo de consumo de artefatos de moda, bem como as dimensões simbólica e objetiva ocupadas pelos mesmos a partir da relação entre corpo, vestuário e performatividade. |