Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Bruno Santos de |
Orientador(a): |
WANDERLEY, Almir Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34380
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Resumo: |
A Syagrus coronata é uma espécie de planta conhecida popularmente como licuri ou ouricuri. É encontrada no Pernambuco quase que exclusivamente na Serra do Catimbau, local com características únicas que proporciona algumas propriedades singulares as plantas provenientes desse ambiente. Possui importância sócio-econômica e cultural, mas é a sua utilização na medicina popular que merece destaque, com o óleo de suas amêndoas sendo usado em casos de distúrbios gastrointestinais. Dentre esses distúrbios gastointestinais mais significativos temos as úlceras gástricas, que são lesões provocadas pelo desequilíbrio entre os fatores protetores e agressores do organismo. Diante desses fatos, esse trabalho teve como objetivo avaliar a possível capacidade gastroprotetora do óleo das amêndoas da Syagrus coronata. As metodologias utilizadas foram: a cromatografia gasosa para a identificação dos constituintes do óleo, toxicidade Up and Down e métodos ulcerogênicos induzidos por etanol absoluto, indometacina e etanol/HCl em modelos in vivo, que serviram de base para avaliação da toxicidade aguda e da atividade gastroprotetora do óleo da Syagrus coronata. Com os resultados da cromatografia foi possível identificar e quantificar oito constituintes na sua caracterização fitoquímica, indicando a presença de elevado teor de ácidos graxos essenciais. Na avaliação da sua toxicidade aguda, este óleo demonstrou não ser tóxico desde que se utilize uma dose de até 2 g/kg. No modelo de etanol absoluto as doses de 100, 300 e 600 mg/kg administradas v.o mostraram ter um potente efeito gastroprotetor, reduzindo a área lesionada em 73, 58 e 81% respectivamente. Já quando submetido ao modelo de indometacina nas doses de 100, 200 e 400 mg/kg esse óleo conseguiu reduzir a área lesionada em 88, 77 e 89% respectivamente. Enquanto no modelo de etanol/HCl somente a dose de 400 mg/kg promoveu gastroproteção, reduzindo a área lesionada em 51%. Na análise histológica o óleo reduziu de forma significativa os efeitos provocados pela indometacina, impedindo necrose e diminuindo processos inflamatórios. Dados da literatura mostram que os ácidos graxos, principalmente os que são encontrados no óleo da Syagrus coronata estão envolvidos em processos anti-inflamatórios e anti-ulcerogênicos o que possivelmente favoreceu essa redução dos processos ulcerativos encontrados nesse trabalho. Diante destes dados pode-se concluir que o óleo das amêndoas da Syagrus coronata possui atividade gastroprotetora por um mecanismo ainda não identificado. |