Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
MIRANDA, Paulo Henrique Oliveira de |
Orientador(a): |
SILVA, Márcia Vanusa da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51152
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Resumo: |
Syagrus coronata (Mart.) Becc. (Arecaceae) é uma espécie endêmica de palmeira com ocorrência exclusiva no bioma Caatinga. Popularmente conhecida como Licuri, de seus frutos se extrai um óleo rico em ácidos graxos que é bastante apreciado por habitantes da Caatinga como fonte de renda, uma vez que este óleo é utilizado na gastronomia e medicina popular. O óleo inclusive já foi objeto de estudos, tendo sido comprovado sua ação antimicrobiana, anti-leishmaniose, antibiofilme, além de constatar a ausência de efeitos tóxicos decorrentes de sua ingestão. Com base nessas informações, a presente pesquisa teve como objetivo comprovar a ação cicatrizante do óleo fixo de S. coronata (OFSC), bem como a formulação de nanocápsulas poliméricas produzidas com o óleo. Para alcançar esse objetivo, o óleo foi obtido comercialmente diretamente de uma das cooperativas que comercializam o óleo, a Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (COPES), e foi caracterizado utilizando cromatografia gasosa acoplado a espectrômetro de massas. Uma alíquota do óleo foi utilizada para formulação das nanocápsulas por meio da metodologia da deposição do óleo em polímero pré-formado (Eudagrit RS100®). A atividade cicatrizante foi avaliada em feridas cutâneas em camundongos Swiss, com aplicação tópica e diária das nanocápsulas, diferentes concentrações do OFSC, e a loção comercial Dersani como controle positivo, o controle negativo consistiu no solvente DMSO 2%, utilizado para diluir o OFSC em diferentes concentrações. Por 15 dias as feridas foram avaliadas quanto a parâmetros macroscópicos (formação de edema, exsudato, vermelhidão, presença de casca e necrose) e ao final do 15o dia, o tecido cicatricial foi coletado para avaliação histológica. A caracterização química do OFSC indicou a presença de 8 compostos, sendo o ácido láurico o composto majoritário. As nanocápsulas obtidas apresentaram um tamanho uniforme (135 nm) e carga superficial positiva (+4,42 ± 0,44 mV). Quanto a cicatrização, o OFSC foi capaz de induzir uma aceleração no processo de cicatrização, induzido o fechamento completo da ferida já no 10o dia após o início do experimento em 3 dos tratamentos aplicado (OFSC 25%, 100% e nanocápsulas), ao passo que demais grupos atingiram esse marco entre o 12o e 13o dia. Além disso, as análises histológicas dos animais tratados com OFSC 25%, 100%, nanocápsulas e Derssani apresentaram maior adensamento de fibras colágenas e maior vascularização quando comparado ao grupo OFSC 10%, ao passo que o grupo controle negativo, do ponto de vista microscópico, não apresentou fechamento completo a ferida. Com os dados obtidos foi possível comprovar, a utilização na medicina popular do OFSC para cicatrização de feridas cutâneas. |