Concepções e práticas do agente comunitário na atenção à saúde do idoso Camaragibe /PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: BEZERRA, Adriana Falangola Benjamin
Orientador(a): BATISTA FILHO, Malaquias
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8988
Resumo: O objetivo do estudo foi analisar as concepções predominantes referentes ao processo saúde doença, em idosos, entre as agentes comunitárias ACS, do município de Camaragibe, Pernambuco, Brasil. Adotou-se a metodologia qualitativa. Nesta pesquisa foram entrevistadas 148 Agentes Comunitárias de Saúde ACS. Os resultados mostram que as ACS identificam como principal atribuição desenvolver atividades de educação em saúde e realizar ações básicas; a maioria refere opinião de valor negativo em relação ao envelhecimento e apresenta compreensão integral do conceito de saúde. Segundo as ACS, as queixas mais citadas pelos idosos, durante a visita domiciliar, referem-se aos problemas de saúde e à necessidade de afeto. O cuidado com os problemas de saúde foi identificado como a principal responsabilidade do ACS para com o idoso e as dificuldades para operacionalizar o atendimento localizam-se no campo da organização dos serviços. A sondagem em relação às expectativas revelou o desejo das ACS em saber tudo sobre o envelhecimento. A análise do conteúdo das entrevistas permite concluir que as ACS identificam-se como protagonistas da atenção básica e agentes nucleares da realização de determinadas políticas de saúde. As concepções em relação às atribuições e à saúde do idoso apresentam uma visão positiva, associadas a uma abordagem holística. A representação social do idoso, as queixas dos idosos, os cuidados dos ACS para com os idosos e os entraves no desempenho das atividades tiveram como respostas temas relacionados ao adoecimento. O produto das entrevistas com as ACS indicou a necessidade de realização de uma oficina de trabalho com gestores e gerentes do sistema municipal de saúde, visando a sensibilização, responsabilização e sustentabilidade das atividades das agentes junto ao segmento idoso. O suporte teórico adotado para a oficina foi o do planejamento estratégico. A operacionalização foi baseada na exposição dialogada de conteúdos sobre o envelhecimento e o exercício prático de construção de um plano. Os resultados da oficina indicam a necessidade da gestão municipal investir na divulgação e implantação da Política Nacional do Idoso, priorizando a educação em saúde, através da implementação de um plano intersetorial de atenção ao idoso, com investimento na capacitação