Profissionalidade do docente da área de administração na educação básica, técnica e tecnológica no IFPE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: MEDEIROS, Ana Carolina Peixoto
Orientador(a): MENDONÇA, José Ricardo Costa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Administracao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41847
Resumo: A ausência de uma formação direcionada para o contexto da Rede Profissional de Ensino, sobretudo aos professores bacharéis em Administração, promove inúmeras discussões de como esse grupo profissional desenvolve suas formações e percursos acadêmicos para o ingresso nessas instituições. Por ser professora na área e ter vivenciado inúmeras experiências desafiadoras quanto a base formativa pedagógica, didática e sobretudo para multiníveis formativos, iniciei a construção investigativa sobre a temática da Profissionalidade e seus desdobramentos. A partir daí foram sendo evidenciados cenários dos mais diversos quanto a não homogeneidade de caminhos, ou escolhas formativas que garantissem efetivamente o desenvolvimento nesta rede enquanto Docente da área de Administração. A exigência mínima, conforme a legislação, é a graduação na área, não obstante o professor de Administração transita em todas as formações, desde nível básico, técnico, tecnológico, superior, pós-graduação e formações promovidas pelo Governo Federal, como os Programas Nacionais de Capacitação Técnica (PRONATEC). Assim, diante de um certo vazio que justifique como esses profissionais podem atuar em tantos níveis e currículos sem uma formação adequada, a investigação transita em buscar compreender como se construiu a Profissionalidade desses professores para a atuação nesse contexto. Concebendo que os mesmos pela ausência formativa direcionada acabem por reproduzir, enquanto professores, seus contextos de quando eram alunos e vivenciem o aprendizado pela prática docente à medida de suas experiências e vivências acadêmicas, nasce assim o desenho metodológico. Nessa concepção analítica, a metodologia narrativa se apresenta como caminho investigativo para essa compreensão de fenômeno. Com essa abordagem, a técnica das entrevistas narrativas e suas concepções hermenêuticas se fundam como elementos chave da abordagem. Assim, pautando o processo investigativo, o construto profissionalidade foi a partir de suas concepções teóricas direcionado com base nas competências profissionais e dos saberes da experiência dos docentes, tendo em vista que as relações entre esses elementos afetam diretamente o desenvolvimento profissional. Como não existe um panorama sólido na literatura para esse construto e o objeto delineado ainda não havia sido observado, os dados seriam a fonte para a construção de pensamentos e indicativos teóricos flutuantes. Esses dados foram construídos com base nas entrevistas narrativas de 30 professores, representando 14 dos 17 campis do IFPE, nas quais a questão central pedia que os mesmos discorressem sobre suas trajetórias formativas acadêmicas e profissionais. A partir dessa construção demais questões versando sobre competências profissionais percebidas, se a formação em administração foi suficiente para atuação na instituição (Instituto Federal de Educação de Pernambuco) nesse contexto pluricurricular, desafios percebidos, entre outras subjacentes, cruz), confirmado por Jovchelovitch e Bauer (2014), seguindo a análise dos elementos indexados, não indexados e uma avaliação geral dos mesmos de maneira comparativa. Por ser uma metodologia narrativa no IFPE as demarcações se restringem ao contexto da unidade, não obstante, face a mesma participar da Rede Federal de Ensino, seus componentes políticos e legais são abrangentes. Daí foi possível destacar a fragilidade da formação em Administração enquanto caminho único exigido ao ingresso (aprovação via concurso público), os desafios quanto a linguagem utilizada para tantas turmas de níveis diferenciados, da necessidade em um conhecimentos didáticos, pedagógicos e de mercados de trabalho amplos, de políticas internas que direcionem e modelem a atuação do professor da área de Administração, de recortes que respeitem as devidas especializações dos mesmos e não os direcionem para conteúdos que nunca foram vivenciados, além de não configurarem uma expertise, entre outros.