O pensamento complexo na docência de artes visuais: uma experiência de ensino no IFPE – campus Olinda
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Artes Visuais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29861 |
Resumo: | O paradigma simplificador, que pauta a educação tradicional, é influenciado pela lógica disjuntiva da ciência clássica. Entre outras coisas, ele nos ensina a separar as partes para melhor entender o todo, ignorando que o todo não é a soma das partes, mas o resultado das ações integrativas entre elas. Uma outra consequência desse modelo de pensamento é a dificuldade de estabelecer diálogo entre os conteúdos e os contextos de vida dos sujeitos. Essa lógica de separação se estendeu, inclusive, para a relação entre o conhecedor e a coisa conhecida (sujeito e objeto). Ao entrar em contato com o Pensamento Complexo, sistematizado por Edgar Morin ( 1977; 2011a; 2011b; 2011c; 2012; 2015a; 2015b; 2015c) pude perceber as possibilidades de (re)organização do conhecimento e consequentemente, uma (re)significação das relações entre professor/estudante/conhecimento. Neste contexto, essa pesquisa teve como objetivo compreender os reflexos do Pensamento Complexo, proposto por Edgar Morin, em minha prática como docente de artes visuais, no campus Olinda do IFPE. E foi impulsionada pelo seguinte questionamento: De que maneira o Pensamento Complexo se reflete em minhas práticas como docente de artes visuais, do IFPE – campus Olinda? Para dar corpo a essa investigação, foram utilizados como fontes de produção de dados, memoriais abrangendo as experiências vividas nos semestres letivos de 2017; registros de atividades, de planos de aulas e de curso; registros audiovisuais de vivências de sala de aula. Além de relatos de observação de aulas e/ou diários de bordo produzidos por estagiárias. Afim de auxiliar metodologicamente a interpretação desse material, pautada no Pensamento Complexo, a pesquisa se aproximou da Fenomenologia Hermenêutica, aplicada ao campo das investigações educativas, desenvolvida por Marx Van Manen (2003). Sendo assim, esse trabalho pode ser caracterizado como qualitativo de viés complexo e fenomenológico hermenêutico. A medida que fui tomando consciência da influência do Pensamento Complexo em meu fazer docente, tornou-se clara a importância do exercício do encontro, da interação. Tal exercício veio acompanhado da percepção de suas consequências incertas, contudo, sempre causadoras de novas organizações. Fez-me ressignificar o ato científico, torná-lo próximo, possível. Essa pesquisa proporcionou-me também uma vivência prática da teoria do Pensamento Complexo. Além de me fazer refletir sobre a importância do papel do professor enquanto pesquisador de seu próprio fazer, que se transforma a partir da ecologia do meio onde atua, tornando-se consciente de suas limitações e de suas transformações. |