Luminosamente claustrofóbicas: ambigüidades cinematográficas em Caio Fernando Abreu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Duprat Barros, Nathalia
Orientador(a): Freire Prysthon, Ângela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2977
Resumo: Parte de uma geração para a qual nada parecia ter restado depois das revoluções dos anos 1960 e do desbunde contracultural da década de 1980, o escritor gaúcho Caio Fernando Abreu é considerado pela crítica literária nacional como uma espécie de porta-voz de sua época, tendo se aplicado na definição de gestos, falas e sentimentos que, aos pedaços, começam a traçar o painel de um momento da história de vida de uma geração (HOLLANDA, 1982). Sua literatura confessional, considerada ora pesada, densa e grotesca, dialoga na mesma medida com a cultura pop, o humor queer e a homoafetividade. Estas e outras dualidades são presenças recorrentes nos contos do autor, que se utiliza de instâncias quase sempre díspares para compor um cenário literário próprio, onde palavra e imagem se misturam e completam. Sob todos estes aspectos, nosso interesse aqui é analisar, a partir dos rastros deixados por Caio Fernando Abreu, como uma ambiência estética construída a partir de ambigüidades constitui-se, simultaneamente, como parte e reflexo do tempo no qual se inscreve. Como objeto de nossa análise, optamos por não analisar seus textos per se; antes, elegemos três adaptações cinematográficas a partir de contos bastante influentes na década de 80: o longa Aqueles dois e os curtas Sargento Garcia e Dama da noite. Na primeira parte de nossa pesquisa, situamos o cenário nacional da geração de Caio Fernando Abreu, quando o Brasil viveu uma série de mudanças político-econômico-culturais e viu nascer um novo mercado editorial voltado à juventude pop do País. Em seguida, fazemos um mapeamento de certos conceitos relacionados ao contemporâneo, apresentando um breve panorama teórico da pósmodernidade e a constituição de uma ambiência midiática a partir do fim do chamado Grande Divisor. Na segunda parte, trazemos uma série de ensaios através dos quais analisamos os filmes constituintes do nosso corpus, discutindo as principais ambigüidades percebidas no texto de Caio Fernando Abreu