Quem é o praticante do turismo de base comunitária (TBC)? : Proposição de um instrumento de mensuração do comportamento do visitante de TBC no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, Talita Poliana Guedes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pós-Graduação em Hotelaria e Turismo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40933
Resumo: O turismo de base comunitária (TBC) é considerado uma forma alternativa de desenvolvimento turístico em que a comunidade é protagonista em todo o processo da gestão da atividade. A sustentabilidade e consolidação dependem da existência de consumidores que visitem tais localidades. Para isso, é necessário conhecer quem de fato visita as comunidades e assim obter subsídios para sanar os problemas de acesso ao mercado e comercialização tão recorrentes nestas iniciativas. Aponta-se que o turista responsável é o perfil desejado que se alinha às premissas desse modelo alternativo de turismo. Diante da escassa literatura que investiga o comportamento dos visitantes de TBC no Brasil, o objetivo desta pesquisa busca propor um instrumento de mensuração do comportamento do visitante de iniciativas brasileiras de TBC. Norteada pelo paradigma pragmático, a pesquisa caracteriza-se como descritiva com abordagem mista, utilizando-se das técnicas qualitativa e quantitativa. Foi adotada a estratégia exploratória sequencial, em que a primeira fase foi qualitativa com duas etapas, com realização de um grupo focal online, além da análise do instrumento por especialistas. Já na fase posterior, quantitativa, também com duas etapas, foi utilizado o survey online, obtendo-se duas amostras, sendo a primeira com 100 respondentes e a segunda com 209 respondentes válidos a fim de validar a escala proposta. Os dados da fase qualitativa foram analisados por meio da Análise de Conteúdo do tipo categorial. Para a análise quantitativa, empregou-se a estatística descritiva básica, além da análise fatorial exploratória e confirmatória. Com a validação da escala, os principais resultados das amostras analisadas no Brasil são o perfil do turista intermediário da CBT, que apresenta traços de comportamento responsável com a forte presença de valorização da cultura e da identidade local, a preocupação com a preservação do meio ambiente e a abertura a novas experiências. Teoricamente, a contribuição desta pesquisa foi demonstrar que alguns atributos do comportamento dos visitantes explorados pelos teóricos do TBC se confirmaram como importantes nestas amostras. Do ponto de vista prático, os achados subsidiam as comunidades praticantes do TBC a direcionar seus esforços de comunicação e comercialização, aspectos frágeis da gestão apontados pela literatura.