Juventude e projeto de vida: um estudo interseccional dos modos de subjetivação de universitários/as de origem popular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: GOMES, Vanessa Benevides Martins
Orientador(a): ADRIÃO, Karla Galvão
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19012
Resumo: Esta pesquisa investigou os modos de subjetivação de jovens de origem popular, quanto aos seus projetos de vida, no contexto de inserção em uma graduação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife. Os dados empíricos advêm de uma experiência de pesquisa-intervenção, realizada com um grupo de dez estudantes dos cursos de Pedagogia, Ciências Sociais, Psicologia, Ed. Física – licenciatura, e Engenharia de Minas, com idades entre 19 e 24 anos, durante os meses de setembro e outubro de 2015. Isto se deu com a assunção dos dispositivos acadêmcios institucionais, enquanto formas estratégicas de dominação dos sujeitos das classes subalternas na educação. Buscou-se demarcar os contextos micros das relações, as posições de resistencias de jovens no acesso aos espaços, marcados pela elitização do ensino público superior. O debate feminista pós-estrutural teve destaque contribuindo com a identificação dos marcadores sociais de desigualdade/opressão, articulados na produção das subjetividades. A opçãodescoloniale feminista, foram prerrogativas epistemológicas à elaboração de um texto narrado em primeira pessoa. Concomitante, foram efetuadas três oficinas grupais norteadas pelos eixos da Política de Assistência Estudantil da Pró-reitoria de Assistência Estudantil, (Proaes); o mapeamento das desigualdades, e as posições de resistências. Os resultados finais indicaram a afirmação de identidades políticas dos/as interlocutores/as com grupos sociais minoritários, feminista e racial. Ao visibilizar uma rede fragmentada de assistência, utilizou-se a figura de furos em um mapa para simbolizar a exclusão no campus. Posteriormente, foram realizadas duas entrevistas individuais com um homem e uma mulher jovens, objetivando-se a triangulação na análise com o viés autobiográfico dos pontos de viragem captados pelas narrativas. Entretanto, assinala-se o atributo político das experiências do projeto nas trajetórias de jovens das classes subalternas ao politizarem suas vivências, superando a ordem imposta pelo atual modelo hegemônico de educação superior.