Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues do Nascimento, Grazielle |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7645
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Resumo: |
O ano de 1956 foi singular para a Ilha de Fernando de Noronha. Inserida em um ambiente de guerra fria, era instalada uma base militar norteamericana em seus arredores. Dividir com o estrangeiro este espaço insular se mostrava como uma afronta à soberania do Brasil para alguns. Os recortes de jornais possibilitam refletir sobre a convivência entre os técnicos que operavam os mísseis teleguiados e os moradores da ilha, (re) significando os tempos históricos em um movimento permanente, marcado por temporalidades e delimitações espaciais. Esta convivência ora se apresentava conflitante, quando se percebe uma dicotomia entre a necessidade dos recursos que a base oferecia à ilha (como assistência à saúde e o transporte aéreo) e o sentimento antiamericano que pairava sobre alguns militares; ora se apresentava conveniente, quando o dólar poderia render ganhos a quem se aventurasse a ir trabalhar para o americano. Assim, Defesa, Segurança e Soberania asseguravam a hegemonia americana dentro da América Latina, determinando que o Atlântico fosse o espaço dos teleguiados. O governo dos Estados Unidos inseria o Brasil em uma área de influência estratégica, cujas possibilidades de controle efetivo constituíam o principal argumento da geopolítica de segurança. Esta presença americana mudaria de certo o dia-a-dia de uma ilha em meio ao Oceano Atlântico, tornando-a um dos palcos da Guerra Fria |