Kindred – laços de sangue de Octavia Butler : uma ode à memória sob o manto da ficção
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42081 |
Resumo: | Primeira autora negra a escrever ficção científica na tradição literária norte- americana, Octavia Butler, grande “dama da ficção científica”, em Kindred – laços de sangue, usa a viagem no tempo como recurso narrativo para deslocar temporalmente a protagonista, Dana – uma mulher negra dos anos de 1970 – para o sul escravista dos estados unidos, no século XIX, assim, escreve um romance-resposta ao imaginário norte-americano pós-abolição, repleto de estereótipos racistas. Quando desloca a narrativa do plano do “real”, a autora convida o leitor a, através de Dana, observar os horrores da escravidão e questioná-los. Além disso, foi no seio do romance que a norte-americana questionou os espaços de memória reservados àqueles que não podem recordar. Portanto, esta pesquisa pretende investigar o uso que a autora faz do romance – em especial para novas formas de representação da mulher negra e recuperação e preservação da memória –, além de refutar a classificação da obra como ficção científica. Pretende-se, também, observar como foi através da literatura e do fazer literário que Octavia Butler pôde construir e reconstruir as identidades, questionar as relações de poder, o racismo e explorar as potencialidades da existência, a começar pela dela mesma. |