“Um crime que a gente não trabalha” : o Sistema de Justiça Criminal e as lógicas organizacionais da tortura policial em Pernambuco
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42829 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é compreender como a tortura policial é percebida e manejada, respectivamente, pelosmembros e organizações do Sistema de Justiça Criminal em Pernambuco.Esta pesquisa foi desenvolvida a partir de entrevistas semiestruturadas realizadas com juízes, promotores de justiça e defensores públicos que atuam na área criminal em Pernambuco. Foi possível acessar a percepção desses atores acerca dosmomentos mais prováveis para a prática de tortura, da sua predominância em alguma das polícias, da frequência com que ocorre e suas concepções nativas de tortura policial.Foi traçado um panorama das organizações envolvidas e do fluxo de encaminhamento dos relatos de tortura policial. Observou-se que a tortura é uma categoria pouco utilizada no Sistema de Justiça Criminal de Pernambuco. Argumenta-se que filiações a determinados movimentos das profissões jurídicas e dispositivos de desacoplamento, lógicas de confiança, maximização e minimização seletivas do controle e terceirizaçãoestão presentes entre as organizações do Sistema de Justiça Criminal e podem contribuir para esse fenômeno, constituindo variáveis que ajudam a explicar a permanência da prática de tortura nas organizações policiais. |