Avenida Paulista das pessoas: disputas pela ressignificação do espaço público de uma metrópole

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: BASTOS, Antonio Fagner da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Administracao
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25216
Resumo: Com esta dissertação, buscamos explanar como se dá a ressignificação do espaço viário urbano a partir da implementação de uma política pública de acalmamento do trânsito. Ou seja, buscamos construir uma teoria do discurso sobre a abertura da Avenida Paulista na cidade de São Paulo. Com vistas no embate político, escolhemos a Teoria do Discurso de Laclau e Mouffe como abordagem norteadora de nossa análise do processo político. Esperamos com ela, desvelar os significados trazidos nos discursos defendidos pelos diferentes sujeitos envolvidos neste antagonismo. Nosso arquivo de pesquisa, constituído para responder como o processo de ressignificação da Avenida Paulista se deu, é composto de dados primários e secundários extraídos de diferentes posicionamentos — notícias, notas, manifestos, entrevistas — dos sujeitos envolvidos no embate. A partir das análises identificamos que embora as disputas emerjam entre o Governo Local e o Ministério Público, as práticas articulatórias da sociedade civil que foram primordiais para a ressignificação da Paulista. Os discursos que permearam o embate foram o de respeito à vocação aos fluxos da cidade, a ineficiência em equilibrar demandas por parte da Prefeitura, a participação social e a vivência urbana. Como conclusão, apontamos que as disputas pela ressignificação da Paulista representam uma nova forma de pensar democraticamente a cidade, tornando-a possível na escala humana. E que um novo espaço de fluxos parece emergir da Paulista. Mas não fluxos de mercadorias e máquinas e sim de afetos, de pessoas, de dinamicidade. De tal forma, cenários em que o uso dos espaços públicos seja livre pela população parecem um caminho interessante a se seguir.