Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Flavia Leite Cortez, Ana |
Orientador(a): |
de Lourdes Meira Cordeiro, Rosineide |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8503
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Resumo: |
Nas últimas décadas a sexualidade na gravidez vem ganhando espaço na mídia. A barriga outrora escondida vem aparecendo sensualizada através de novos enunciados sobre a sexualidade da mulher grávida. As revistas para mãe e grávidas tem sido um dos espaços midiáticos de produção dos novos discursos. Nesse sentido, este trabalho buscou identificar em que medida os discursos sobre sexualidade na gravidez, produzidos pela revista Crescer, rompem com antigos padrões normativos em torno da sexualidade feminina. Procurou ainda identificar as tensões e contradições entre sexualidade e maternidade e analisar como a revista posiciona homens e mulheres discursivamente em torno da sexualidade na gravidez. A presente pesquisa dialoga com o universo das ciências sociais e humanas e se afilia aos estudos da Psicologia Social. Tomando como norte epistemológico o Construcionismo Social, este trabalho pretende contribuir para uma melhor compreensão das relações de poder, que perpassam a construção da sexualidade feminina. Para análise dos dados, foi adotado o referencial metodológico das práticas discursivas e as ferramentas foucaultianas para a análise do discurso. O corpus da pesquisa foi composto pelas matérias produzidas pela revista Crescer, sobre o tema da sexualidade na gravidez, no período de janeiro de 1993 a janeiro de 2009. A análise dos dados aponta que a sexualização da gravidez pertence a uma nova tecnologia de poder, que entrelaça saberes médicos e psicológicos para produzir novas normativas sobre a sexualidade feminina. A partir do discurso do bem-estar, o sexo é visto como forma de manutenção do vínculo conjugal. O corpo grávido é sensualizado a partir de um padrão de beleza não-grávido, que reproduz a fragmentação mulher-mãe. Apesar dos novos enunciados, o homem continua sendo posicionado como sujeito desejante e a mulher como objeto do desejo, atualizando antigas relações de poder |