A astúcia da mímesis e a (des)qualificação do humano? : a diluição das fronteiras entre o orgânico e o mecânico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Maria Pereira Da Silva, Wanderlice
Orientador(a): Ferreira, Jonatas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9335
Resumo: No presente estudo, examinamos os avanços tecnológicos nos campos da Inteligência Artificial, Robótica, Nanotecnologia, Bioinformática, Bioengenharia, Cibernética, a partir da lógica que acreditamos tê-los orientado: a mímesis. Para tal, lançamos mão da articulação entre a análise qualitativa de filmes de ficção científica, mais especificamente RoboCop (1987) e Blade Runner (1982), com textos teóricos e filosóficos, anúncios, páginas de internet etc. Ao propormos a releitura da mímesis e do conceito de ciborgue, partimos do princípio de que a lógica que tem orientado o desenvolvimento e produção nesses campos de saberes, inicialmente, é a lógica da semelhança, ou seja, a mímesis. Mas como essa lógica traz em seu cerne o desejo de produzir diferenças a partir do aperfeiçoamento e superação do modelo acreditamos que este impulso tem sugerido, em certos momentos, a desqualificação do primeiro (homem-modelo-original) em detrimento do segundo (máquina-cópia) decorrente da astúcia da mímesis. Constatamos que a produção de máquinas antropomórficas, como RoboCop (que criam ilusão de humanidade , efeitos de superfície - lógica da semelhança) ou o desenvolvimento de artefatos vivos , capazes de construir sua própria aprendizagem e identidade a partir dos contextos nos quais se encontram submersos, como os replicantes de Blade Runner, apesar de nos sugerir a modificação da estrutura da natureza natural, ainda não nos permite uma resposta definitiva acerca da (des)qualificação do humano em detrimento da máquina