Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
ARAÚJO, Klewdma de Freitas |
Orientador(a): |
RODRIGUES, Cláudio Gabriel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54808
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Resumo: |
A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada de distribuição mundial que atinge milhares de pessoas, e especialmente, as populações economicamente vulneráveis. Os tratamentos disponíveis são limitados e a letalidade ainda é crescente. No Brasil, observa-se elevada ocorrência da forma visceral causada pela espécie Leishmania infantum. A busca por novos fitoterápicos com atividade antileishmania e com baixa toxicidade através de estudos com metabólitos de plantas é uma linha de pesquisa em expansão. A fraxetina (6-metoxi-7,8- dihidroxicumarina) é uma cumarina, que apresenta atividades biológicas já estabelecida, porém sem relatos sobre suas propriedades antileishmania. O principal objetivo deste trabalho foi estudar a atividade antileishmania da fraxetina frente cepa de L. infantum e identificar possíveis alterações no proteoma do parasito. Formas promastigotas metacíclicas de L. infantum (2×106 parasitos/mL) foram testadas com a fraxetina em diferentes concentrações (0,94 a 480,38 μM) para determinação da IC50 pelo método colorimétrico do MTT. Avaliou- se, também o efeito da fraxetina (50 μM) sobre a proliferação de linhagens cancerígenas e não cancerígenas. A fraxetina apresentou IC50 de 30,02 μM, com redução do crescimento dos parasitos in vitro em função do tempo de cultivo e não foi citotóxica para as células testadas e usando o Placlitaxel como controle positivo. Para a análise proteômica com estudo do perfil de proteínas acumuladas pelos parasitos sob ação da fraxetina (IC50), foi realizada extração proteica de amostras tratadas e não tratadas com a fraxetina e em seguida realizada eletroforese em um sistema de mini gel de poliacrilamida (SDS-PAGE). As bandas obtidas foram excisadas do gel, digeridas com tripsina e injetadas em plataforma de análise proteômica LC-MS/MS. Foram obtidas 1565 proteínas, destas 359 tiveram diferenças de acúmulo após o tratamento com a fraxetina, tendo-se observado aumento de acúmulo em 144 proteínas e diminuição de acúmulo em 215. Essas proteínas foram analisadas por ontologia gênica utilizando-se o programa Blast2GO e classificadas em três níveis: componente celular, função molecular e processo biológico. Tendo-se observado desregulações em importantes vias metabólicas parasitárias, como o metabolismo energético, equilíbrio redox, biogênese ribossomal e produção proteica além de alterações morfológicas. Apesar dos resultados encontrados, estudos subsequentes são necessários para que a fraxetina seja considerada como uma possível molécula antileishmania. |