Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Finamore, Junara Miranda Coelho |
Orientador(a): |
Soares, Rodrigo Pedro Pinto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34535
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Resumo: |
O LPG é o principal glicoconjugado da superfície de Leishmania sendo constituído por quatro domínios: (I) uma âncora lipídica de 1-O-alquil-2-liso-fosfatidilinositol, (II) uma parte central formada por um heptassacarídeo Gal(α1,6)Gal(α1,3)Galf(β1,3)[Glc(α1)-PO4]Man(α1,3)Man(α1,4)-GlcN(α1), (III) uma região de unidades repetitivas fosforiladas Gal(β1,4)Man(α1)-PO4 e (IV) um oligossacarídeo terminal ("cap"). As variações na seqüência e composição de açúcares ligados às unidades repetitivas e ao cap atribuem polimorfismos à molécula de LPG. O polimorfismo interespecífico do LPG tem sido amplamente estudado para espécies do Velho e do Novo Mundo e demonstra implicações na especificidade da interação parasito-vetor. Entretanto, pouco se sabe sobre a variabilidade intraespecífica da molécula de LPG. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar o grau de polimorfismo das unidades repetitivas do LPG de 16 cepas de Leishmania infantum do Brasil, França, Tunísia e Algéria. Além disso, o papel deste polimorfismo foi avaliado durante a interação in vivo de L. infantum com Lutzomyia longipalpis e na interação in vitro dos parasitos e seus respectivos LPGs com macrófagos murinos. O polimorfismo das unidades repetitivas do LPG de L. infantum foi considerado relativamente baixo e, de acordo com suas modificações, o LPG foi classificado em três tipos: tipo I, LPG cujas unidades repetitivas não apresentam cadeias laterais; tipo II, LPG cujas unidades repetitivas apresentam cadeias laterais contendo um resíduo de β-glicose e, tipo III, LPG cujas unidades repetitivas apresentam cadeias laterais contendo até três resíduos de glicose. Essas variações no LPG não afetaram a densidade de parasitos no intestino do vetor. No entanto, foi observada uma tendência à maior produção de Óxido Nítrico (NO) por macrófagos estimulados por LPGs glicosilados do tipo II. Juntos, os resultados obtidos neste trabalho indicam que o polimorfismo intraespecífico do LPG de L. infantum não tem efeito sobre a interação do parasito com seu vetor, mas exerce papel regulatório sobre a produção de NO. A caracterização de todos estes LPGs, realizada pela primeira vez com uma ferramenta bioquímica, confirma os dados de estudos moleculares anteriores e nos permitem considerar que L. chagasi e L. infantum são a mesma espécie. |