Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Paula Russo Villar, Ana |
Orientador(a): |
da Conceição Carrilho de Aguiar, Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4278
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Resumo: |
Este estudo aborda a temática da avaliação da aprendizagem no Sistema de Ciclos. Compreende-se que a adoção de tal sistema requer uma mudança nas formas como se pensa e se faz a avaliação no sentido de torná-la um processo democrático, interativo, qualitativo, processual e includente. Assim, nesta pesquisa, buscou-se compreender as práticas avaliativas em uma organização escolar por Ciclos de Aprendizagem, identificando as aproximações e os distanciamentos entre os preceitos desse sistema e a sua materialização no cotidiano escolar. Foram realizados estudos, na literatura e em documentos, os quais contemplaram duas categorias analíticas, quais sejam: Ciclos de aprendizagem cujas principais referências consistiram em Mainardes (2007) e Freitas (2003), entre outros; e Avaliação na qual, destacam-se as contribuições de SILVA (2003, 2004, 2007) e PERRENOUD (1999, 2000, 2004). Tais estudos possibilitaram compreender os pressupostos teóricos e as diretrizes normativas que fundamentam a avaliação nesse sistema. No percurso metodológico, com base na abordagem dialética, optou-se pelo método etnográfico como forma de apreensão do fenômeno investigado. Selecionou-se a observação participante e a entrevista semi-estruturada como técnicas de coleta de dados, os quais foram tratados pela análise de conteúdo categorial do tipo temática (BARDIN, 1977). O campo da pesquisa configurou-se em uma escola da Rede Municipal da Cidade do Recife e as participantes foram três professoras dos anos iniciais do ensino fundamental, a diretora e a coordenadora da referida escola. Os resultados do estudo apontaram que a adoção da política de ciclos não promoveu alterações substanciais na prática avaliativa das docentes. As mudanças operadas se restringiram aos aspectos técnico-instrumentais sem considerar as intenções educacionais pretendidas por tal sistema. Constatou-se que a prática avaliativa apresenta-se presa às concepções de uma avaliação autoritária e classificatória, do que decorre um prejuízo ao desenvolvimento dos alunos. Identificou-se a necessidade de uma política efetiva de valorização do magistério, de um processo de formação continuada que priorize a fundamentação epistemológica dos Ciclos e, sobretudo, do comprometimento de todos governo, profissionais da educação, família, alunos - no sentido de superar a lógica seletiva e excludente que ainda sedimenta a prática educativa, rumo a uma educação de fato mais democrática e inclusiva |