Potencial de degradação do petróleo por fungos isolados de sedimentos de manguezal impactado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Melo Lins de Azevedo, Liana
Orientador(a): Maria de Souza Motta, Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/506
Resumo: Os manguezais são considerados como um dos ambientes mais susceptíveis a acidentes envolvendo derramamento de petróleo, o que constitui a principal e mais danosa causa de contaminação dos solos e águas, demandando o desenvolvimento de tecnologias que visam solucionar os problemas causados por esse impacto ambiental. Dentre as novas tecnologias, a biorremediação tem surgido como a mais atrativa e menos agressiva ao ambiente, pois utiliza o próprio metabolismo dos microrganismos para eliminar ou reduzir os poluentes presentes na área contaminada. Neste trabalho objetivou-se isolar fungos filamentosos de sedimentos de mangue impactado e selecionar os mais promissores quanto à capacidade de degradação do petróleo. O isolamento foi realizado pela técnica de diluições seriadas utilizando os meios de cultura Ágar Sabouraud e Ágar Martin. As espécies obtidas no isolamento foram submetidas a um teste qualitativo de degradação do petróleo utilizando o indicador redox 2,6- diclorofenol-indofenol (DCPIP). A partir do teste qualitativo foram selecionados 5 isolados: Aspergillus niger, A. terreus, A. oryzae, Penicillium waksmanii e Tallaromyces flavus, para serem submetidos à aclimatação em concentrações crescentes de petróleo (2 a 12%), e em seguida foi realizado um planejamento fatorial para conhecer a influência da agitação, pH, concentração celular e concentração da fonte de nitrogênio (NH4NO3), tendo como variável resposta a biodegradação do petróleo. Foram identificadas 14 espécies pertencentes aos gêneros Aspergillus, Cunninghamella, Curvularia, Penicillium, Tallaromyces e Trichoderma. Todas as espécies testadas promoveram a descoloração do indicador em tempos variados, destacando-se A. oryzae e A. terreus, que apresentaram menor tempo de descoloração, 10 e 15h, respectivamente. De uma maneira geral, observou-se aumento da biomassa e o pH se manteve próximo a neutralidade. Com relação à fitotoxicidade, os produtos metabólicos e o material residual presente no meio com A. oryzae e A. terreus demonstraram os maiores índices de germinação para as sementes de pepino com 65,12% e 55,45%, respectivamente. Com relação aos parâmetros avaliados, apenas a agitação apresentou significância estatística. Os resultados obtidos sugerem A. oryzae como espécie promissora para biorremediação de ambientes impactados por petróleo