Biodiversidade de fungos filamentosos em água do mar e aplicação de consórcio na degradação de óleo diesel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ARRUDA, Flávia Virgínia Ferreira de
Orientador(a): TAKAKI, Galba Maria de Campos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16956
Resumo: A biorremediação é uma tecnologia na qual se utiliza micro-organismos capazes dedegradadrem compostos químicos, como os presentes no óleo diesel e outros petroderivados, além do petróleo. O óleo diesel é um combustível fóssil, derivado do petróleo, utilizado em diferentes motores, formado basicamente por hidrocarbonetos (composto químico formado por átomos de hidrogênio e carbono, além de conter na composição, pequena quantidade, oxigênio, nitrogênio e enxofre). É o principal combustível comercializado no Brasil, possuindo inclusive refinaria no estado de Pernambuco. Vários acidentes estão relacionados a esse petroderivado. Os danos causados por esses acidentes são objetos de pesquisas na tentativa de remediar os efeitos causados por conta da contaminação, em especial por problemas com derramamento no mar e na terra. No presente trabalho foi realizado isolamento, identificação, avaliação da atividade enzimática, bem como o potencial biodegradador de micro-organismos, em culturas puras e culturas mistas, isolados de água do mar a partir da coleta realizada no Complexo Portuario de Suape, PE, Brasil. Foram isolados 187 fungos, sendo destes 2513% do tipo leveduras e 74,87% filamentosos. Das 140 linhagens de filamentosos isolados procedentes de água do mar foram identificados 23 dos gêneros Aspergillus e 20 de Penicillium, e 97 de outras espécies de fungos. O fungo identificado como Aspergullus terreus foi o que apresentou uma maior atividade para a enzima manganês peroxidase com 7668U/L na concentração de 3% de óleo diesel. A produção de lacase foi observada com as três concentrações de óleo diesel (1%, 3%, e 5%) pelo fungo Aspergillus awamori, cuja produção foi de 1660U/L, 1650U/L e 1240U/L, respectivamente. Uma melhor produção da enzima lignina peroxidase observou-se com o fungo Aspergullus niger, nas concentrações de 3% e 1% de óleo diesel, com atividades de 128U/L e 102U/L, respectivamente. Nos ensaios de degradação, as concentrações utilizadas de óleo diesel foram de 1%, 5% e 10%. Os micro-organismos associados apresentaram valores de degradação até quase 50%, em 5% óleo diesel, quando apresentados na concentração de 10%, os percentuais de degradação chegaram quase a 20% dos constituintes do óleo diesel. Quando em culturas mistas entre fungos filamentosos e bactérias observou-se degradação superior a 20% e fungos filamentoso e levedura, degradação próxima aos 30%. Os resultados apresentados demonstram a eficiência do uso de micro-organismos em processos biotecnológicos, nos processos de biotratamento de poluentes derivados de petroderivados, demonstrando que os fungos filamentosos são eficientes e promisores na remoção de poluentes tóxicos.