Nível de atividade física e fatores associados em mulheres idosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: CARVALHO, Karine Kamila de Lima
Orientador(a): MARQUES, Ana Paula de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16054
Resumo: Com o avançar da idade registra-se uma redução nos níveis de atividade física, sendo este um fator relevante para o surgimento e/ou agravamento de diversas enfermidades com ocorrência já elevada na velhice. Objetivou-se, nesta pesquisa, analisar os fatores associados ao nível de atividade física em idosas participantes de um Programa de Educação Permanente. Trata-se de um estudo de descritivo, quantitativo de corte transversal, cuja amostra correspondeu a 149 mulheres idosas participantes da UnATI– UFPE. Foi utilizada a técnica de entrevista, com registro das informações em roteiro semiestruturado. Para identificar o nível de atividade física (NAF) aplicou-se o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) adaptado para idosos. Na análise dos dados foram empregados o Teste Qui-quadrado de Pearson e a Regressão Logística Binária. Adotou-se um nível de significância de 5%. A maioria das idosas (85,2%) foi classificada como fisicamente ativa. As atividades físicas domésticas foram as mais praticadas (51%). Quando realizada a análise por domínios do IPAQ destaca-se os resultados para a atividade física de lazer, na qual 56,4% das entrevistadas foram classificadas como inativas. Verificou-se que a percepção do estado de saúde comparada a de outras pessoas da mesma idade (p<0,0348) esteve associada ao NAF total. Para o domínio da atividade física doméstica houve significância estatística com a imagem corporal autopercebida (p<0,0424), já para a atividade física de lazer pôde-se observar que renda (p<0,0316) e percepção do estado de saúde atual (p<0,0496) estiveram associadas ao NAF neste domínio. Diante dos achados no modelo logístico, ajustado por renda, idade e problemas de saúde, pôde-se estimar a probabilidade das idosas em ser fisicamente inativa no lazer (78,6%) ou de ser ativa (53,8%). A elevada proporção de idosas fisicamente ativas sugere ser positiva a participação desta população em programas de educação permanente, por estimular hábitos de vida saudáveis. Entretanto, a predominância de inatividade física no lazer revela-se como dado preocupante, e aponta para a necessidade de programas que desenvolvam atividades físicas estruturadas e orientadas, no intuito de proporcionar maiores benefícios à saúde.