Cinética da produção de óxido nítrico e viabilidade de macrófagos alveolares de ratos adultos submetidos à desnutrição neonatal e infectados in vitro com Staphylococcus aureus meticilina-sensível e meticilina-resistente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Gomes de Morais, Natália
Orientador(a): Maria Machado Barbosa de Castro, Celia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7077
Resumo: A resposta imune inata em processos infecciosos é conhecida por sofrer alterações em decorrência de estados de desnutrição. Assim, o objetivo deste estudo foi de comparar a cinética da produção de óxido nítrico (ON) e a viabilidade de macrófagos alveolares (MA), após infecção celular in vitro, com Staphylococcus aureus meticilina-sensível (MSSA), e meticilina-resistente (MRSA) entre grupos de ratos nutridos (N) ou submetidos à desnutrição neonatal (D). Ratos machos Wistar (n=45) foram divididos em dois grupos distintos, de acordo com a dieta utilizada: N (ratos amamentados por mães submetidas à dieta com 17% de caseína) e D (ratos amamentados por mães submetidas à dieta nutricionalmente deficiente com 8% de caseína). Após o período de amamentação, os animais foram submetidos a um longo período de reposição nutricional, com Labina. Os MA foram coletados através da técnica do lavado broncoalveolar, após traqueostomia. O isolamento dos MA foi realizado por adesão em placas, sendo distribuídos na proporção de 106 células/mL de RPMI. Após o isolamento dos MA, foram estabelecidos quatro sistemas: controle negativo (CN), contendo apenas MA; controle positivo (CP), MA mais 10&#956;L de LPS (lipopolissacarídeo); MSSA, MA mais 100&#956;L de suspensão bacteriana (ATCC 29213) (densidade óptica de 0.15, equivalente a 10-6 CFUmL-1) e MRSA, MA mais 100&#956;L de suspensão bacteriana (ATCC 33591). As placas foram incubadas à 37ºC, com atmosfera úmida e 5% de CO2. A cada duas horas, num total de 24 horas de incubação, foram retirados 100&#956;L do sobrenadante das culturas. A quantificação do ON baseou-se na reação de Griess, através da determinação da concentração de nitritos. A leitura foi realizada em leitor de ELISA, filtro-550nm. A viabilidade dos MA foi analisada após 24 horas de incubação dos sistemas, e avaliada pela redução mitocondrial do 3-[4,5-dimetiltiazol-2-il]-2,5- brometo de difenil tetrazólico (MTT) à formazam. A quantificação do formazam solubilizado foi realizada em leitor de ELISA com filtro de 570nm. Utilizou-se teste t- Student e Mann-Whitney, admitindo-se p<0,05. A desnutrição acarretou diminuição do crescimento ponderal dos animais, da liberação de ON nos sobrenadantes das culturas e da viabilidade dos macrófagos. Houve menor produção de ON no MRSA quando comparado com MSSA, entretanto, a partir das 12h, não foi detectada diferença entre os sistemas, permanecendo até 24h. Ao avaliar a viabilidade dos macrófagos entre os sistemas, ocorreu maior redução no MRSA do grupo desnutrido. Pode-se concluir que o modelo de desnutrição neonatal adotado promoveu alteração na função das células fagocitárias, comprometendo o estresse nitrosativo e a viabilidade dos macrófagos alveolares. Além disto, há evidências de diferenças no mecanismo de evasão do sistema imune entre as cepas MSSA e MRSA